sexta-feira, 31 de julho de 2009

Consumption is cool

Consumption is cool
or so some kids think.

By Misty Harris, Canwest News Service



The price of back-to-school shopping may be higher than parents think.

New research finds that children as young as five are already capable of judging who's ``cool'' and who's not based on their peers' consumption habits. The study, which will appear in a forthcoming issue of the Journal of Consumer Research, sheds light on what you might call popularity economics: social value as the sum of products and brands flaunted.

``Very young children - as young as first grade, possibly younger - pick up on non-verbal cues that they use to read into what a person is like,'' says study co-author Lan Nguyen Chaplin, an assistant professor of marketing at the University of Arizona.

``More expensive products and brands (are) associated with coolness for younger kids and early adolescents. For older adolescents, (it's) products and brands that differentiate them from their peers; they have a stronger sense of who they are, so coolness now means being different from others.''

In three studies using more than 250 participants aged five to 16, young people were asked to create collages, or ``consumption constellations,'' using a diverse set of products, brands, foods, personality traits, and demographics/ psychographics that described either a ``cool kid'' or a ``quiet kid who doesn't have a lot of friends.''

Participants between Grades 1 and 3 formed their constellations based on single experiences. For example, if an idolized older sibling owned a cellphone, cellphones would thus be synonymous with the child's stereotype of cool.

From Grade 3 to Grade 5, kids drew on multiple experiences and interactions to make generalizations about the social roles of others, and demonstrated a high degree of flexibility in those views.

By Grade 7, however, adolescents were showing greater rigidity in their stereotypes.

``It basically becomes an `either-or' situation, where you either wear brands like Adidas or Abercrombie & Fitch to be cool or you don't sport these brands and will, by default, not be cool,'' explains Chaplin.

Study co-author Tina Lowrey emphasizes that popularity can't be bought per se. But with few exceptions, she says costlier brands were most widely associated with cool kids, while material things (brands, products) were twice as likely to compose teens' mental images of social roles than any other category (personal characteristics, food choices, demographics/psychographics).

``There has always been the cool pair of jeans or the store you didn't want to be caught dead in,'' says Lowrey, a professor of marketing at the University of Texas at San Antonio.

``But that's really mushroomed 100-fold in the last few decades.''

Ann Douglas, a mother of four, says her per-child back-to-school budget is strictly for non-brand names. Her brood has to pay the difference themselves if they want to upgrade to labels that win favour with their friends, with Douglas opining that the "right" brands and accessories these days can "cost hundreds of dollars per item."

A Coach backpack, for example, can top $400, Abercrombie jeans will set buyers back $110, and a coveted iPhone 3GS comes in at $199 - before monthly fees.

``We need to teach our kids that it's who people are, not what they wear, that matters,'' says Douglas, a Peterborough, Ont.-based parenting author. ``Otherwise, some kids don't stand a chance on the playground, or the playground of life.''

The good news is that by Grade 10, Chaplin and Lowrey found young people's consumption constellations used far more diverse cues to make sense of the social hierarchy.

``They ... have a clearer idea of how `cool' can mean many things, and one can be cool in many different ways,'' says Chaplin. ``So their stereotypes are less rigid, which transfers over to how they view people.''

Fonte: http://www.canada.com/Consumption+cool/1841475/story.html

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Relatório de miúdo sobre teenagers e imprensa abala indústria dos media

Uma noticias disponibilizada pelo Jornal Expresso apresenta um relatório de um jovem de 15 anos sobre os teenagers

Clarinho como água

O relatório foi considerado tão claro e inquietante pela equipa europeia de media da Morgan Stanley, que a casa de investimento decidiu publicá-lo na íntegra. O resultado foi uma torrente de inquietação pelos mercados financeiros e fundos de investimento ligados ao sector.

Segundo explica Matthew neste relatório , publicado na íntegra no site do "The Guardian" , a nova rede social da moda - o Twitter - está longe de ser a eleita dos teenagers. "Os teenagers não usam o Twitter . Muitos registaram-se mas largaram porque perceberam que não o vão actualizar. Perceberam que ninguém está a ver o seu perfil, por isso os seus tweets são inúteis", diz ele. O Facebook continua a ser o mais popular, diz ele.

Anúncios, nem vê-los...

Matthew alerta também para o facto de os meios tradicionais - televisão, rádio e jornais - estarem a perder terreno face aos novos media. "Nenhum teenager que eu conheço lê jornais regularmente, porque nenhum tem paciência para ler páginas e páginas de texto, quando podem ver o sumário das notícias na Internet ou na televisão."

Mas os teenagers estão também a ver cada vez menos televisão, por causa de serviços como o BBC iPlayer , que permite ver programas quando e como querem. "Ao ver televisão, aparecem anúncios com frequência e os teenagers não querem vê-los. Mudam de canal ou fazem outra coisa enquanto duram", explica Matthew.

...e CD, nem ouvi-los

Ele foi também bastante claro acerca da rádio. "A maior parte dos teenagers de hoje não são ouvintes regulares de rádio. Ouvem música de borla e sem publicidade nos sites online como o last.fm , onde podem escolher as músicas que querem e não as que o DJ escolhe". Comprar CD? Nem pensar! Segundo Matthew, os teenagers são muito relutantes em pagar pela música e muitos nunca compraram um CD. A grande maioria descarrega os temas preferidos, ilegalmente, de sites de filesharing.

O jovem acrescenta que os teenagers não gostam de publicidade "intrusiva" online e consideram os banners e pop-ups dos sites "extremamente irritantes e inúteis". No entanto, gostam e apoiam o marketing viral desde que seja "de conteúdo humorístico e interessante".

As consolas são a sua grande preferência, superando até os telefones para conversar com os amigos. Através de equipamentos como a Wii podem ligar-se à Internet e ter voz gratuita, conversando assim de borla com outros usuários também ligados.


Touch screen, venham eles

Para ele, o que está na moda entre os teenagers é tudo o que tenha um touch screen, telefones móveis com grandes capacidades para música, equipamentos portáteis que se liguem à Net (iPhone ). Completamente fora de moda está tudo o que tenha fios, telefones com visores a preto e branco, telefones grossos e grandes, equipamentos com baterias inferiores a 10 horas de duração.">Jornal Expresso apresenta um relatório de um jovem de 15 anos sobre os teenagers.

Um rapaz 15 anos foi o porta-voz de como os teenagers olham para os media. Num relatório escrito para a Morgan Stanley , o estagiário Matthew Robson disse que os teenagers não usam o Twitter, detestam jornais e consideram a publicidade online inútil, segundo relato do "Financial Times".

Clarinho como água

O relatório foi considerado tão claro e inquietante pela equipa europeia de media da Morgan Stanley, que a casa de investimento decidiu publicá-lo na íntegra. O resultado foi uma torrente de inquietação pelos mercados financeiros e fundos de investimento ligados ao sector.

Segundo explica Matthew neste relatório , publicado na íntegra no site do "The Guardian" , a nova rede social da moda - o Twitter - está longe de ser a eleita dos teenagers. "Os teenagers não usam o Twitter . Muitos registaram-se mas largaram porque perceberam que não o vão actualizar. Perceberam que ninguém está a ver o seu perfil, por isso os seus tweets são inúteis", diz ele. O Facebook continua a ser o mais popular, diz ele.

Anúncios, nem vê-los...

Matthew alerta também para o facto de os meios tradicionais - televisão, rádio e jornais - estarem a perder terreno face aos novos media. "Nenhum teenager que eu conheço lê jornais regularmente, porque nenhum tem paciência para ler páginas e páginas de texto, quando podem ver o sumário das notícias na Internet ou na televisão."

Mas os teenagers estão também a ver cada vez menos televisão, por causa de serviços como o BBC iPlayer , que permite ver programas quando e como querem. "Ao ver televisão, aparecem anúncios com frequência e os teenagers não querem vê-los. Mudam de canal ou fazem outra coisa enquanto duram", explica Matthew.

...e CD, nem ouvi-los

Ele foi também bastante claro acerca da rádio. "A maior parte dos teenagers de hoje não são ouvintes regulares de rádio. Ouvem música de borla e sem publicidade nos sites online como o last.fm , onde podem escolher as músicas que querem e não as que o DJ escolhe". Comprar CD? Nem pensar! Segundo Matthew, os teenagers são muito relutantes em pagar pela música e muitos nunca compraram um CD. A grande maioria descarrega os temas preferidos, ilegalmente, de sites de filesharing.

O jovem acrescenta que os teenagers não gostam de publicidade "intrusiva" online e consideram os banners e pop-ups dos sites "extremamente irritantes e inúteis". No entanto, gostam e apoiam o marketing viral desde que seja "de conteúdo humorístico e interessante".

As consolas são a sua grande preferência, superando até os telefones para conversar com os amigos. Através de equipamentos como a Wii podem ligar-se à Internet e ter voz gratuita, conversando assim de borla com outros usuários também ligados.

Touch screen, venham eles

Para ele, o que está na moda entre os teenagers é tudo o que tenha um touch screen, telefones móveis com grandes capacidades para música, equipamentos portáteis que se liguem à Net (iPhone ). Completamente fora de moda está tudo o que tenha fios, telefones com visores a preto e branco, telefones grossos e grandes, equipamentos com baterias inferiores a 10 horas de duração.



Veja-se um relatório original da MORGAN STANLEY em versão Inglesa:
How Teenagers Consume Media: the report that shook the City

This is the full copy of the research note written by Matthew Robson (aged 15 years and seven months), an intern at Morgan Stanley, which caused a stir after it was published by the bank

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quem são os tweens?

Os pré-adolescentes vivem na corda bamba, sem saberem para que lado cair, balançando entre a infância e adolescência. O à-vontade com que usam a internet e os telemóveis fazem-nos parecer muito crescidos, mas ainda é no colo dos pais que se sentem mais seguros.



Entre os oito e os 12 anos, está-se com um pé na infância e outro na adolescência. Muitos pais chamam-lhe «a idade da parvoíce», queixando-se que, nesta fase, os filhos tão depressa querem ser adolescentes, como têm atitudes de bebés. Nos Estados Unidos, chamam-lhes tweens, numa junção de between (entre) e de teens (diminutivo de adolescentes).



Um novo corpo, uma nova mente



«Nesta fase, em que a criança está a desenvolver a sua individualidade e os seus gostos, os pais devem respeitar (dentro do razoável), por exemplo, a decoração do quarto, a escolha do vestuário, a necessidade de privacidade», aconselha Rosa Gouveia, vice-presidente da secção de Pediatria do Desenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Por outro lado, acrescenta a médica, «a criança espera também ter um papel mais activo na dinâmica familiar». É uma boa altura para dar-lhes pequenas tarefas em casa e incutir-lhes o sentido de responsabilidade. O diálogo com os pais é essencial para que enfrentem com segurança as modificações que começam a despontar no corpo e na mente.



Habitualmente, dá-se muita importância aos adolescentes e às alterações que ocorrem na adolescência, mas a vida dos pré-adolescentes também não é completamente serena. Até porque adolescência e puberdade não são sinónimos e os primeiros sinais de mudança no corpo e na mente podem revelar-se antes dos 12 anos.



«Nas raparigas, o primeiro sinal de puberdade é uma aceleração da velocidade de crescimento, seguindo-se o desenvolvimento mamário, o aparecimento de pêlo púbico e axilar e a primeira menstruação. Podendo, tudo isto, ocorrer antes dos 12 anos», explica Rosa Gouveia. «Nos rapazes, o início da puberdade ocorre mais tarde e caracteriza-se por modificações nos órgãos genitais». Como o desenvolvimento pubertário se inicia mais cedo no sexo feminino, significa que, geralmente, começa na pré-adolescência nas raparigas e só na adolescência nos rapazes. Assim, «por volta dos 10 anos, é habitual as raparigas serem mais altas do que os rapazes e terem mais força muscular», explica a pediatra.



As modificações físicas são acompanhadas por modificações de comportamento que se prendem «com o desejo de afirmação pessoal, com a procura de autonomia, a aceitação pelo grupo, a mudança de interesses, sobretudo na rapariga, enquanto que o comportamento do rapaz é mais infantil».



Consumidores natos



Cerca de 80 por cento das marcas compradas pelos pais resultam da influência das crianças entre os 7 e os 12 anos, segundo um estudo da Consumer Insight OMG, de 2008. Na compra de um automóvel, por exemplo, elas chegam a ter influência em 67 por cento das decisões. Não admira, assim, que estas crianças estejam entre os públicos preferidos das campanhas de marketing e de publicidade. Tweens é, aliás, um conceito do marketing que se extrapolou para o vocabulário universal.



António Cardoso, Coordenador do Mestrado em Marketing para Crianças e Jovens, na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, explica que é nestas idades que as crianças começam a ter «uma noção clara do que querem», que começam a seleccionar marcas e a preferir brinquedos e artigos mais sofisticados. «É nesta fase que surge o conceito de cool, de ser fixe, e estar integrado é bastante importante. Por isso, querem ser autónomos na escolha da roupa, mas também na escolha do snack ou dos cereais. E surge o conceito de marca. Especialmente por volta dos 10, 11 anos, as crianças não querem uns cereais quaisquer, querem determinada marca. A sua atenção está concentrada nos produtos que possam proporcionar satisfação pessoal, tendo em conta a capacidade que esse objecto tem na integração no grupo de pares», explica.



Esta mania das marcas não significa que os tweens se deixem manipular facilmente pela publicidade. Pelo contrário, são um público bastante exigente. «Eles têm uma grande capacidade crítica em relação aos objectos que são do seu interesse. Conseguem procurar e verificar a veracidade das informações que são prestadas. E como já têm uma grande sentido de justiça, conseguem referir-se às empresas como sendo de confiança ou não», acrescenta o professor de Marketing. Na opinião de António Cardoso, que também tem dois filhos, com 12 e 14 anos, este interesse pelas marcas e pelo consumo deve ser encarado pelos pais como algo positivo. «Quando eu precisei de comprar um computador novo, pedi aos meus filhos que fizessem uma pré-selecção do que havia no mercado e eles fizeram um trabalho fantástico. Ajudou-me imenso.»



Geração digital



Mais perto dos 11, 12 anos, à medida que a vida social começa a intensificar-se e os melhores amigos a destacarem-se, a net e o telemóvel ganham importância. Isso mesmo demonstrou outro estudo, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, segundo o qual 93,3 por cento dos alunos do 6º ano (com 11 ou 12 anos) têm telemóvel e enviam uma média de 84,2 mensagens por semana (uma média de 12 por dia). Mesmo que pareça muito, o número está ainda longe das 235 mensagens semanais enviadas pelos alunos do 10º ano (33,5 por dia).



Os pais dos pré-adolescentes espantam-se com a aptidão natural dos filhos para lidarem com novas tecnologias. Mas só podia ser assim. «Enquanto nós fomos habituados a aprender através da repetição, esta geração aprende a fazer, a experimentar», afirma António Cardoso, lembrando um exemplo que viu recentemente em Londres. «A loja da Apple é um edifício de dois andares, com todos os produtos da marca disponíveis para experimentar. Quando lá estive, a loja estava cheia de miúdos destas idades.» E esta ânsia de conhecer o que há de novo não se prende apenas com as novas tecnologias. Os pré-adolescentes ainda não têm os gostos refinados dos adolescentes. Andam à procura. Gostam de tudo e não gostam de nada. Só experimentando, vendo, ouvindo vão conseguir apurar preferências, descobrir o que lhes dá prazer e construir a sua personalidade. E precisam da colaboração e paciência dos pais para darem estes primeiros passos sozinhos.



Namorados e namoradas



Os pré-adolescentes já conhecem bem as diferenças entre rapazes e raparigas e já sabem de onde vêem os bebés. Com os mistérios da sexualidade mais ou menos resolvidos, desejam agora ter a sua privacidade e autonomia. Já não acham piada a andarem nus em frente ao pai, à mãe ou aos irmãos. Querem ir à casa de banho sozinhos, querem vestir-se e despir-se sem a ajuda dos pais e gostam de ter controlo sobre o seu corpo. É natural que se masturbem, mas isso será feito na intimidade, não com o objectivo de descobrir o corpo, mas sim de proporcionar prazer a si próprios. Ainda assim, entre a entrada para a escola e os 12 anos, as crianças vivem um período relativamente calmo em relação à sexualidade, a que se chama fase de latência. Os seus interesses estão agora muito mais alargados, querem saber, por exemplo, de onde vem o vento, e preferem explorar o corpo de outras formas, pulando e correndo. Os melhores amigos são quase sempre do mesmo sexo, mas começa a crescer um interesse pelo sexo oposto. Se mais perto dos oito anos, os rapazes «são uns parvos» para as raparigas, e vice-versa, mais perto dos 12, o sexo oposto começa a merecer uma atenção especial e as conversas giram muito à volta disso mesmo, quer seja no recreio da escola, no Messenger ou através de mensagens no telemóvel. No entanto, a vergonha não deixa que aconteça nada mais. A partir dos 12 anos, ou, às vezes, mais cedo – não há regras – a sexualidade volta a ganhar importância. As hormonas fazem perder o medo da aproximação e surgem os primeiros namoros.





Passagem ao concreto



Segundo a Teoria Cognitiva de Jean Piaget, que divide o desenvolvimento do pensamento em quatro fases, os pré-adolescentes encontram-se no estádio das operações concretas. Para o psicólogo suíço, entre os 7,8 anos e os 11,12 anos, as crianças começam a deixar de confundir o real com a fantasia. O seu raciocínio passa a incidir sobre objectos materiais, reais, manipuláveis pelo pensamento ou pelos actos. Verifica-se também um menor egocentrismo, com progressos na socialização e na capacidade de perceber vários pontos de vista e tirar daí consequências. O monólogo interno passa a diálogo interno.



A criança começa a perceber as noções de conservação de volume, massa e comprimento. Por exemplo, se tivermos dois copos com a mesma quantidade de água e despejarmos um deles noutro copo de formato diferente, a criança perceberá que a quantidade de água se manteve. O que antes podia não acontecer. Consegue também perceber a noção de métrica do tempo e colocar por ordem um conjunto de acontecimentos.

Fonte: http://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1331&Itemid=62

Marketing bancário para jovens

Se estivermos atentos à abordagem comercial dos principais bancos portugueses verificamos que se encontram a investir cada vez mais no marketing direccionado para o segmento das crianças, adolescentes e estudantes universitários. Mas porquê?

Com efeito, os bancos acreditam que uma vez que os indivíduos iniciem a sua relação financeira com determinada instituição mais cedo têm uma probabilidade superior de continuar a ser clientes desse banco no futuro. E, assim, praticamente todos os bancos oferecem contas para clientes com idades inferiores a 18 anos. Essas contas jovens são frequentemente contas "normais", mas que não têm nem comissões, nem imposições de saldo mínimo. Bancos mais inovadores oferecem também livros de banda desenhada, "newsletters" ou brinquedos direccionados para os mais jovens, assegurando que as ofertas distribuídas sejam divertidas, informativas e encorajadoras à poupança.

No que diz respeito ao segmento dos estudantes universitários muitos bancos oferecem pacotes de produtos e serviços que se baseiam no comportamento transaccional dos estudantes. Assim, estes pacotes garantem geralmente transacções grátis nos canais alternativos. Os bancos instalam ATM e postos de homebanking nos campus universitários, tirando partido da familiaridade dos estudantes com as tecnologias e com a utilização destes canais. Alguns bancos estabelecem acordos com as Universidades para a distribuição de cartões (smart cards) que integram funções como a identificação dos estudantes, cartão de biblioteca e cartões de acesso a edifícios da Universidade. Os bancos que oferecem este tipo de cartões registam geralmente taxas de penetração elevadas junto da população de estudantes universitários, como são os casos da CGD e BES. É também usual os bancos oferecerem pacotes que tenham em conta as necessidades de crédito dos estudantes universitários, como por exemplo produtos de crédito a taxas preferenciais e a isenção de pagamento de anuidade nos cartões de crédito. Já em mercados como o do Reino Unido os bancos tendem a oferecer opções especiais de descoberto, de modo a darem resposta às características de baixo rendimento e depósitos irregulares por parte dos estudantes universitários, prática não muito vista em Portugal.

Apesar dos esforços da banca portuguesa em investir no marketing para os segmentos mais jovens, só a longo prazo se poderá calcular a retenção e a rentabilidade destes clientes tendo em conta o esforço despendido. Neste âmbito, parece-me que só fará sentido um investimento forte neste segmento se houver uma estratégia que vise a fidelização após o término do curso.

Temos verificado que a maioria dos bancos criam campanhas através de mailings directos ou via telemarketing para reterem os clientes que terminam a licenciatura. Frequentemente essas campanhas contêm ofertas especiais relativas a outros produtos bancários, tais como os empréstimos para aquisição de automóvel e compra de casa. Mas será que estes procedimentos são eficazes? Quais são as principais preocupações de um estudante que termina o curso? É esta a meu ver a principal pergunta.

Em suma, os bancos que pretendam dinamizar as suas acções neste segmento terão de ter a plena consciência dos custos e benefícios que existem em captar os clientes enquanto jovens e de que esta estratégia só fará sentido se conseguirem manter fiéis estes clientes mesmo após a juventude.

No entanto, é de realçar que os bancos assinalam a importância da sua presença nas Universidades. Já que assim é porque não criarem uma comunidade virtual? Seria de facto uma oportunidade incrível para aprender e partilhar com estes clientes. Informação recolhida através do diálogo permitiria criar novos produtos e arquitectar novos serviços, aperfeiçoar produtos e/ou serviços existentes, bem como alterar a forma como a relação tem vindo a ser estabelecida. Permitiria angariar clientes como participantes activos com a marca bancária, providenciando conteúdos e resultados certamente relevantes. O seu banco está à espera de quê? O sucesso, e em especial neste segmento, continuará a depender de formas inovadoras de envolver o cliente bancário e recompensá-lo pela sua participação.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=325592

Estudo da ERC: Os Públicos dos Meios de Comunicação Social Portugueses

Um estudo recente da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) intitulado "Os Públicos dos Meios de Comunicação Social Portugueses", coordenado por José Rebelo, apresenta as principais conclusões relativamente às crianças e aos jovens:

As crianças e os jovens em Portugal, como noutras partes do mundo, crescem hoje em ambientes de ecrãs e numa profusão de acessos e usos a tecnologias que não tem comparação com os ambientes em que cresceram os seus pais e não terá sentido pensar, hoje, a sua relação com os meios clássicos da comunicação social (televisão, rádio, imprensa) sem considerar os meios digitais, de entre os quais a Internet. Isto é tanto mais relevante quanto, em Portugal e ao contrário do que acontece na maioria dos países da União Europeia (Hasebrink et al., 2008: 63) são as crianças que lideram nos usos dos novos media e que se constituem como os elementos mais avançados e conhecedores nas famílias, a este respeito.

Outro resultado que este estudo comparado sobre os acessos e usos da Internet por parte de crianças de 21 países europeus, do Projecto EU Kids Online, é que os pais portugueses parecem menos preocupados com as crianças mais novas do que com as mais velhas e mais com as filhas do que os filhos, em contraste com padrões encontrados na maioria dos países – aspectos que os resultados deste inquérito confirmam. Há indicadores claros de mudança de paradigmas nas relações com os media, entre os mais novos e os mais velhos, nomeadamente nas considerações sobre o saber em casa. Actualmente, as crianças e jovens crescem em famílias mais democráticas nas suas relações e estão no centro das decisões quanto à aquisição de equipamentos, independentemente do nível da escolaridade dos pais.

As actividades das crianças, os usos que fazem de meios de comunicação, os equipamentos dos seus quartos e as formas de regulação parental são diferentemente percepcionadas por pais e filhos. Na impossibilidade de saber, pela via de questionários extensivos, onde está a verdade destes números, eles sugerem contudo que a relação das crianças e dos jovens com os media tem múltiplas dimensões e contradições e que não se reduz a uma visão linear, de efeitos directos dos media sobre as crianças. Os próprios pais recusam ver esses efeitos nos seus filhos, salientando a sua própria intervenção mediadora enquanto pais. Essa mediação não pode deixar de ser considerada no contexto social, nas condições de vida das famílias e nos seus recursos, não só de tempo e financeiros mas também culturais. Como vimos, as próprias decisões quanto ao equipamento a colocar no quarto dos filhos e em casa configuram diferentes considerações sobre a importância dos media. Sobressai a fortíssima presença do televisor no quarto da criança, rodeado de uma panóplia de novos ecrãs onde, à programação dos canais abertos, se juntam os canais por cabo, temáticos, e as produções de uma indústria videográfica e informática imparável.

Se as famílias se constituem como um dos territórios fundamentais da socialização das crianças, um outro território aqui considerado de forma periférica é a Escola. De um modo geral, em Portugal, a Escola tende a ignorar os meios de comunicação social, que ficam à sua porta, e a actualidade dos media (nomeadamente dos audiovisuais) fica também fora da sala de aula, apenas “rompendo” quando ocorre algum acontecimento traumático. Mas a vivência das crianças na escola é também multifacetada. Vimos como os professores se constituem como parceiros quase ausentes na discussão das notícias, muito menos do que os pares e do que as famílias, e como a Escola se constitui como o principal local onde crianças referem encontrar informação sobre segurança na Internet.

Nestes contextos dinâmicos das famílias e nas formas de regulação que adoptam, por um lado, e nesta profusão de meios, formatos e conteúdos, por outro, que sentido(s) poderá ter a intervenção pública a diversos níveis, da regulação do estado às iniciativas de responsabilidade social das empresas de comunicação, passando pelas escolas e pelos movimentos sociais organizados?

Acreditamos que o principal desafio e responsabilidade, nas circunstâncias actuais e com algum atraso em relação a outros países desenvolvidos, é a promoção de ambientes de literacia mediática. A Carta Europeia sobre Literacia dos Media, um documento de 2006 proveniente da Comissão Europeia, identifica a necessidade de promover essas capacidades em “cidadãos de todas as idades”, tanto na análise crítica dos media como “no seu uso como meio de expressão, comunicação e participação no debate público”.

Mais recentemente, em Dezembro de 2007, a Comissão endereçou uma comunicação ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões, onde começa precisamente por afirmar que a literacia mediática se está a tornar “gradualmente uma componente importante das agendas políticas europeias e nacionais nos sectores dos media e das comunicações”, e refere a obrigatoriedade de “relatórios que quantifiquem o nível de literacia mediática em todos os Estados-membros”.

Em Portugal, parece reinar o silêncio asfixiante sobre esta agenda, enquanto predomina um discurso optimista centrado no “choque tecnológico” e no seu determinismo. Não é fácil encontrar indicadores dos impactos dos investimentos financeiros em educação e noutros sectores de acesso e uso nas populações, numa continuidade de um certo ambiente de secretismo que caracteriza (ainda) a informação oficial. Os números apresentados carecem de ser contextualizados e o tema continua fora da agenda jornalística, um ano depois das entregas de equipamentos e quadros digitais em escolas ter sido alvo de notícia mais pela forma do lançamento do que pelo conteúdo dessa iniciativa.

Contudo, este já é em si um programa desafiante para Portugal, país com uma população adulta com baixa literacia em geral e onde vemos crianças e jovens a liderarem nos acessos e nos usos mais expressivos e produtivos dos media, como a sondagem nacional e os questionários distribuídos em escolas da Grande Lisboa mostraram. A literacia dos media deve ter lugar na escola e logo nos primeiros anos (incluindo os jardins de infância), adaptada às idades e interesses das crianças. Indo além das suas características técnicas, pode proporcionar ambientes de conversação e de produção de mensagens – do jornal e da rádio escolar aos pequenos filmes - que contribuam para um conhecimento mais informado e crítico sobre os conteúdos e os seus processos de selecção e de construção. Queremos com isto sublinhar que os sentidos experimentados nestes meios ultrapassam as dimensões cognitivas em sentido restrito e que devem ser também consideradas as dimensões lúdicas, estéticas e sociais, incluindo uma indispensável dimensão ética, relacionada com o respeito pela imagem dos outros. Esta actividade pressupõe a existência, no contexto escolar, de profissionais preparados e de um currículo que dê visibilidade e sentido a esta área. Mais do que uma linha proibicionista na relação das crianças com os meios de comunicação social, há que desenvolver a perspectiva da participação responsável e informada e da inclusão das crianças na vida comunitária.

Os meios de comunicação são muitas vezes mais considerados como ameaças do que como recursos e esta visão não é de hoje. Como diz Jenkins (2006), o foco incide mais nos perigos da manipulação do que nas possibilidades de participação, mais na restrição dos acessos do que no desenvolvimento de capacidades e propósitos pessoais.

Como decorre do Art. 17º da Convenção sobre Direitos da Criança, os meios de comunicação social – e, acrescentamos, as indústrias de conteúdos e os fornecedores de acesso aos novos media – têm uma responsabilidade social na produção e difusão de materiais que promovam o bem-estar das crianças e que a protejam relativamente a informação e materiais lesivos e ilegais. A auto-regulação dos meios de comunicação social já deu alguns tímidos passos neste sentido mas ainda há certamente muito a fazer. Este estudo revela bem a importância dessa intervenção, nos contextos económicos, sociais e culturais em que vivem as crianças e as suas famílias, muitas vezes marcadas por contradições entre o desejo de proporcionar “os melhores meios” aos filhos e os receios dos usos decorrentes.

A atenção e sensibilidade públicas que um estudo como este pode estimular junto da população e das suas vozes organizadas, será certamente um bom motor para dar eco e espaço a estas temáticas, envolvendo neste esforço toda a comunidade. Como dizia João dos Santos, que sabia ouvir as crianças, “a educação de uma criança é obra de toda a comunidade”.

Se o inquérito por questionário auto-administrado se revelou uma metodologia globalmente adaptada à idade das crianças e à auscultação dos seus pais, ficaram por explorar algumas questões de natureza qualitativa difíceis de exprimir por este meio. A combinação desta ferramenta com outras metodologias qualitativas (entrevistas, conversas, observação etnográfica de ambientes familiares, outras…) proporcionaria certamente informação mais detalhada sobre acessos, processos e usos/apropriações dos media por parte das crianças e a mediação familiar. Por outro lado, ficaram por inquirir as crianças com idade inferior a 9 anos e, como este estudo indica, elas já têm uma vivência dos meios de comunicação social que importa também ter em conta.

Neste sentido, aponta-se a necessidade de prosseguir o caminho agora iniciado, de prestar atenção às crianças enquanto público com características especiais.

Fonte: REBELO, José (Coord.) (2008). Os Públicos dos Meios de Comunicação Social Portugueses. Edição Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Lisboa.

Disponível em: http://www.erc.pt/documentos/Conf_08/EMCS/EMCS-parte6.pdf

Marketing infanto-juvenil

O poder também é dos mais pequenos

Comunicar com as crianças obedece a regras rigorosas e a um conhecimento profundo dos seus gostos e comportamentos. Apostando na especialização, as agências que trabalham o marketing infantil procuram criar afinidades entre as marcas e um público que ganha mais preponderância nas decisões de compra dos pais.

O aumento do número de estudos de mercado sobre os comportamentos e as preferências de consumo das crianças atestam a importância do estatuto deste segmento de mercado na influência das decisões de compra dos pais. Motivos de natureza económica, e por que não sociológica, explicam o protagonismo das crianças, que se está a estender a um leque mais abrangente de categorias de produtos. "As crianças não influenciam a decisão de compra dos pais apenas nas categorias que lhe são próprias", começa por referir Maria Morais Leitão, directora-geral da Zero a Oito, assegurando que "mesmo em categorias menos previsíveis, o poder de influência e decisão das crianças já se faz sentir". Produtos como o champô, o gel duche, o leite, o fiambre, a roupa e, até, os detergentes para a roupa são alguns dos exemplos apontados pela responsável. Pense-se também na aposta de comunicação publicitária dos bancos junto das crianças, e percebe-se a posição que estas alcançaram junto das marcas.

A campanha produzida no ano passado pela Elec3city para o Banif, para um segmento dos zero aos seis anos, é uma de entre muitas acções com o objectivo de alcançar notoriedade juntos dos mais pequenos. Isto porque são "consumidores exigentes, que sabem o que querem e porquê, e influenciam os seus pais, de forma a obterem as marcas e os produtos que querem", afirma Rita Calheiros, kids manager da Elec3city, referindo-se ainda ao "menor número de filhos por casal" e ao "facto de haver cada vez mais famílias monoparentais" como causas que consubstanciam esta tendência.
No caso da banca, a legitimação desta aposta passa, do mesmo modo, por fidelizar clientes a longo prazo. Uma atitude face à comunicação, sustenta Mafalda Bernardino Teixeira, directora-geral da Mkids, que deve "ser encarada com precaução pelas marcas, mas também deve ser vista como uma oportunidade de estabelecer uma relação profunda que pode ser prolongada para a idade adulta". Mas o menor tempo despendido pelos pais na educação das crianças é, de resto, outro factor evidenciado pelas agências especializadas em comunicação infantil.

Gonçalo Vilas-Boas, CEO da Lemon, diz que elas "têm o poder de influência sobre uma parte cada vez maior do budget familiar", porque "além de existir a ideia de uma clara e justa emancipação das crianças, dos seus direitos e desejos, os pais sentem-se frequentemente ausentes, o que os leva a compensar essa ausência com bens de consumo". Mascotes, eventos, festas e DVD A associação de mascotes às campanhas de publicidade é uma das formas das agências captarem a simpatia das crianças para um determinado produto, como foi o caso do Ruca na acção publicitária do Banif. Mas é também na criação de eventos que as marcas estão a apostar. A Lemon, empresa vocacionada para a criação de eventos infantis, foi em 2008 responsável por algumas das iniciativas de grande impacto junto das crianças. Foram os casos do Ruca ao Vivo e do Festival Panda que, segundo o responsável, "colheram grande adesão junto dos mais pequenos", ou do musical Zig Zag ao Vivo, que "esgotou salas de norte a sul do país".

A Zero a Oito, também especializada em marketing infantil desenvolveu, no último ano, o DVD da colecção Aprende Inglês com a Ana, para o Pingo Doce, mais tarde convertido numa série de programas exibida no canal Panda. Já para o Continente foi criado, este Natal, o passatempo Queres Ser uma Verdadeira Fada Winx. "Uma clara aposta da Sonae Brinquedos para este Natal naquela que é, neste momento, a marca número um para meninas", classifica Maria Morais Leitão. A estratégia de associar as marcas a personagens infantis é uma das formas mais eficazes de chegar a este público, sendo aqui de realçar a notoriedade que aquelas alcançam nos programas de televisão. "É justo referir que, de uma maneira geral, essas personagens têm um programa televisivo associado e, muito provavelmente, um portfólio de produtos licenciados que ajudaram a criar e a trazer essa personagem para o universo afectivo e de brincadeira das crianças", comenta a directora da Zero a Oito.

Já a simpatia que as personagens Oliver & Benji colhem junto das crianças foi aproveitada pela Elec3city para promover centros comerciais da Sonae Sierra, em Portugal e Espanha. "Num espaço especialmente criado para o efeito, as populares personagens interagiram com os mais pequenos e transmitiram valores como o trabalho em equipa, jogo limpo, força de vontade e superação", descreve a responsável da Elec3city. Também Rita Almada, directora do departamento de marketing infantil da Brand Key, refere a necessidade das marcas e agências que comunicam os seus produtos junto do target mais jovem estarem atentas "aos seus gostos e interesses". Ou seja, "criar produtos adequados ao target inovadores, tecnológicos, educativos". "As crianças dos dias de hoje querem opções, ofertas personalizadas, querem experimentar antes de usar", acrescenta. Fiel a estes princípios, a Brand Key desenvolveu, no último ano, entre outras iniciativas, o Roadshow da Olá, o conceito Lets´s Play em centros comerciais para o canal Nickelodeon, ou a Festa Panda Halloween. A preocupação em focalizar a comunicação para os pais é, aliás, outra das vertentes a ter em conta quando se comunica para faixas etárias abaixo dos sete anos. Essa é, aliás, a convicção de Mafalda Bernardino Teixeira, ao defender que nessas idades é mais importante que as mensagens sejam "mais dirigidas aos pais". Até porque, acrescenta, os "próprios produtos devem também ser pensados de acordo com as necessidades dos adultos". "No marketing infantil, nunca se deixa de ‘vender a ideia aos pais'. A comunicação é sempre idealizada nas duas vertentes, crianças e adultos, procurando-se constantemente o equilíbrio de acordo com a faixa etária e o produto em causa", sustenta. A interacção com as crianças, através da realização de eventos, ou da televisão são considerados os meios mais eficazes para chegar a este público, como atestam as opiniões das responsáveis ouvidas pelo M&P. Mas mais importante do que os meios, refere Rita Calheiros, é que a mensagem veiculada seja "perceptível e simples". O desafio da internet A internet é outro dos meios em que as marcas estão a apostar para comunicar com este target, até porque, como indicam alguns estudos, é um dos canais onde as crianças estão mais expostas às mensagens publicitárias. Um documento da consultora MRI, citado pelo site norte-americano eMarketer, refere que mais de 40 por cento das crianças dos 6 aos 11 anos visitaram um website porque viram o endereço num anúncio. É este resultado que leva a consultora a concluir que este target "responde favoravelmente às sugestões para visitar um site". Atentas a esta realidade, as agências especializadas estão a apostar em acções específicas para este suporte. "A internet reinventou totalmente o comércio, o comportamento e o modo de vida das famílias, alterando de forma radical as expectativas dos consumidores e a maneira como se adquirem produtos e serviços. A internet e a TV constituem hoje a primeira escolha das crianças e, nesse sentido, a Lemon tem desenvolvido projectos que permitam abrir canais de comunicação com as crianças", refere a responsável. É o caso do projecto, em CD, As Tuas Músicas, para o qual a empresa criou um site específico. Mesmo na comunicação direccionada para os mais jovens, esclarece Rita Almada, os meios tradicionais "são importantes, mas não suficientes". Daí ser fundamental a articulação entre os meios e a internet. Ou seja, "torna-se quase obrigatório para as empresas perceberem estes conceitos e incorporá-los nas suas estratégias de comunicação", uma vez que as crianças e jovens tornaram-se num "target muito mais exigente", acrescenta. Como opina Mafalda Bernardino Teixeira, o contacto com os públicos mais jovens exige que "as marcas se adaptem às suas formas favoritas de comunicar entre si". "Estas formas de comunicar vão assim permitir a criação de laços mais estreitos entre as marcas e as crianças e os jovens, através da identificação em termos de linguagens e de meios utilizados", acrescenta, dizendo ser prática da Mkids procurar associar os meios tradicionais a "acções de promoção e contacto directo com os públicos, com elementos de comunicação mais actuais, uma vez que vai permitir uma maior identificação com a comunicação".

A especificidade da comunicação para o público mais jovem é acompanhada por uma especialização de agências e de departamentos que conhecem a fundo os conteúdos e os meios mais eficazes de criar a afinidade com as marcas e respectivos produtos. Uma posição sustentada por Gonçalo Vilas-Boas: "A apetência do público pelos produtos infantis e a necessidade de encontrar soluções que correspondam aos desejos e necessidades deste segmento têm feito aumentar os investimentos nesta área e contribuindo para o aparecimento de empresas, cujo negócio é direccionado para os mais pequenos". Já Maria Morais Leitão invoca o carácter heterogéneo deste target para justificar a necessidade de existirem agências especializadas em marketing infantil. "A grande particularidade deste segmento é que se subdivide numa variedade de nichos delimitados pela faixa etária. Embora o intervalo pareça pequeno, as diferenças entre as crianças a cada dois anos são enormes, já para não falar nas diferenças naturais existentes entre os sexos", afirma, ilustrando não ser "possível ter um produto que fale com a totalidade do universo infantil". Um universo de consumidores, de resto, muito aberto a novas tendências e que, por isso, exige aos profissionais que trabalham nesta área a actualização permanente dos conhecimentos sobre os seus comportamentos "É necessária a especialização na medida que se trata de um segmento muito volátil, que vive um ritmo muito acelerado que se traduz em rápidas mudanças de estilos e preferências", defende Rita Almada. Mais. "As agências devem estudar este segmento de forma contínua, actualizando-se e adaptando-se à sua realidade e ritmos próprios podendo desta forma comunicar de forma adequada, certa e fácil". Mas quando se fala de comunicação infantil, as questões éticas afiguram-se incontornáveis para os responsáveis que produzem conteúdos para as marcas. "Ao estarmos perante um grupo em fase de formação e desenvolvimento, leva-nos a ter um cuidado permanente com a qualidade dos conceitos e conteúdos a transmitir", afiança a responsável da Zero a Oito. Nesse sentido, a empresa contrata técnicos especializados que avaliam a adequação dos conteúdos produzidos para o público infantil. É que, como afiança a directora-geral, qualquer iniciativa desenvolvida "é sempre confrontada com o crivo qualitativo e pedagógico das educadoras de infância que fazem parte dos quadros da Zero o Oito". Em suma, como remata o CEO da Lemon, a grande preocupação deverá ser a de "ajustar a mensagem ao destinatário, nunca vendo as crianças como adultos".

Internet não substitui brindes e posters das revistas infanto-juvenis

2009 chegou e o segmento infanto-juvenil promete novidades. O encerramento de algumas publicações e o aparecimento de mais edições online pautaram as tendências mais recentes. Mas antevêem-se apostas mais sérias na internet e a possibilidade da Impresa Publishing lançar um novo título. Comparando os anos de 2007 e 2008, as publicações infanto-juvenis enfrentaram baixas nos seus investimentos publicitários, a preços de tabela, entre 43 por cento (revista Barbie) e 72,91 por cento (revista Super Pop). Venderam, em média, menos 5.341 números que em 2007 e aguardam "com expectativa o que vai acontecer este ano no mercado", revela Tânia Reis, directora da revista Bravo.

Ano novo não significa necessariamente tendências mais optimistas. E a crise no sector dos media continua a fazer-se sentir. Depois da revista Ragazza, do grupo Hachette Filipacchi, ter saído de circulação, as primeiras baixas do novo ano já se fizeram sentir: as revistas Disney Princesas, Barbie e Witch, da Impresa Publishing, terminaram tendo os seus últimos números saído em banca em Dezembro. A causa que levou ao encerramento das publicações prende-se, segundo fonte oficial da empresa, com uma reestruturação do segmento e a possibilidade desta vir a criar uma nova publicação. "A Impresa Publishing decidiu repensar o seu portfolio de revistas infantis. Este é um segmento que tem sofrido várias alterações, acompanhando as novas escolhas de lazer das crianças que têm hoje uma oferta muito mais variada de conteúdos. Decidimos por isso reforçar a aposta na Visão Júnior, revista de referência no segmento juvenil, ao desenvolvermos cada vez mais a sua componente multimédia. Além disso, estamos a avaliar o lançamento em 2009 de um novo projecto na área infanto-juvenil, do qual é ainda extemporâneo falar", justifica a mesma fonte.

O director comercial da Super Pop, João Paulo Fonseca, salienta que 2008 "foi um verdadeiro ano de crise", com menos vendas em banca, menos publicidade, muitas campanhas adiadas e outras canceladas. "A crise psicológica e financeira tomou conta de todo o mundo, portanto, nada ficou imune. Estamos diante de um novo tempo e existe a necessidade de abrir a porta a uma nova forma de ser e estar", analisa o responsável. Passará o futuro exclusivamente pela internet? Adivinha-se uma nova postura que, segundo adiantam os responsáveis das publicações, passará por uma aposta mais séria na internet e nas suas oportunidades. A revista infantil Giggle abandonou, em Outubro do ano passado, o papel e dedicou-se a uma edição exclusivamente online. "A Giggle sempre teve vontade de ser uma revista online e pensamos que já temos a notoriedade necessária para avançar. Os miúdos de hoje nada têm a ver com os de antigamente. Tratam a web por tu, é lá que eles estão", contou ao M&P Claúdia Sousa Villax, numa altura em que a revista que dirige deixou de colocar 20 mil exemplares nas bancas para "dizer olá ao futuro". Tânia Reis também admite que existirão algumas mudanças na Bravo e que uma nova aposta na internet durante o ano de 2009 é "um tema que será estudado como muita atenção". Apesar de considerar que a internet tem uma importância relevante na vida das crianças e dos jovens, a responsável salienta que fará sempre sentido manter a edição impressa. E explica porquê: "é nesta que obtêm todo o contexto e ligação emocionais, já para não falar dos brindes, das fotos com qualidade e dos posters. É também nesta área que o director da Super Pop planeia apostar para incrementar as vendas da publicação: "reforçar a venda em grandes superfícies e continuar com uma política muito agressiva ao nível dos brindes de capa" será uma das estratégias adoptadas. Ao que parece, o novo meio ainda não responde a todas as necessidades do público das publicações infanto-juvenis. E, segundo defende a directora da Visão Júnior, Cláudia Lobo, não é consensual dizer que as novas gerações estão cada vez mais de costas voltadas para os media ditos tradicionais. "Ler é um prazer enorme que a internet não substitui. Uma revista pode ler-se em qualquer lado, a internet, pelo menos por enquanto, não se pode levar para todo o sítio. Uma revista em papel tem as suas qualidade, a edição online tem outras. E o que a Visão Júnior mostra, pelo menos até agora, é que apesar de terem uma facilidade enorme na utilização da internet, as crianças (ainda) gostam de ler em papel", defende. De qualquer forma, Cláudia Lobo admite que gostaria de aumentar a capacidade de resposta do site para o próximo ano. No caso da Super Pop, o novo ano trará um novo site à revista, um projecto que está ainda a ser trabalhado editorialmente, mas que segundo João Paulo Fonseca é necessário, visto que "um projecto escrito deve ter a sua complementaridade na internet". Com algumas publicações a fechar e outras a reinventar-se, o segmento infantil promete algumas novidades para 2009.

A aposta na internet e a possibilidade da Impresa Publishing lançar um novo título são para já as hipóteses em aberto. A directora da Visão Júnior explica porque é que todas as apostas feitas na área não serão demais: "temos os melhores leitores do mundo: muitíssimo atentos e exigentes e excepcionalmente participativos". Televisão: canais infantis O programa Zig Zag da RTP2 é líder no segmento infanto-juvenil. Com uma audiência média de 97.600 espectadores, mais 21 mil do que no ano passado, encontra-se destacado de todas as outras ofertas que existem para o target. Nos canais do cabo dedicados aos mais jovens, é o Panda que ocupa a liderança, apresentando uma audiência média de 16.200 em 2008 e um investimento publicitário de cerca de 26 milhões de euros, menos 2 milhões que em 2007. Já o Disney Channel, o Cartoon/TCM e o novo canal Disney Cinemagic encontram-se bastante mais abaixo com uma audiência média, de 5.200, 1.900 e 400 espectadores respectivamente.

Quando questionada sobre se a internet não é uma ameaça aos moldes tradicionais da televisão infantil, Isabel Mimoso, directora geral do Panda, diz que a o meio será a grande aposta do canal para 2009. "Estamos a criar mini-sites das séries que exibimos para dar a maior informação possível e optimizar ao máximo a sinergia da programação com a internet". No que toca a programação para o novo ano, a responsável diz que o canal continuará a manter uma grelha semelhante, "de qualquer forma, este pressuposto não impedirá que sejam acolhidas novas propostas de conteúdos, principalmente em matéria de produção própria com novos formatos para miúdos e graúdos".

Fonte: http://www.meiosepublicidade.pt/dossier.php?action=artigo&artigo=90633&dossier=90632

Internet marketing gets good viewing by tweens

Marketing na internet e o sucesso com os jovens.


Os resultados de uma investigação recentemente publicada mostraram que o marketing na internet é um caminho rápido e eficiente para atingir o público alvo de adolescentes entre 10 e 14 anos de idade.

De acordo com o estudo, encomendado pela DoubleClick Performics, oito em cada dez adolescentes gastam em média uma hora por dia online, todos os dias. A quantia é 10% maior do que o número do mesmo grupo que assiste TV uma hora por dia

O vice presidente sénior de Search da DoubleClick Performics, Stuart Larkins, entende que o Search Engine Marketing (SEM) e o Search Engine Optimization (SEO) em particular, podem ser uma chave para aceder a este mercado.

“Há muitos relatos do uso de ferramentas de busca para encontrar lugares para comprar, comparar preços ou começar uma nova busca pela troca de algo que tenha estragado.”, disse Stuart Larkins.

A pesquisa também revelou que mais da metade dos adolescentes usam a internet mais do que três vezes por dia.

Google e Yahoo foram as mais populares fontes de buscas referenciadas, usadas por 78% e 14% dos entrevistados, respectivamente.

De qualquer maneira, o mercado pode mostrar ser uma área de caro e difícil acesso. Um recente artigo do US Federal Federal Trade Commission estimou que $1.6 bilhões de euros foram gastos em marketing para crianças por empresas de comida e bebidas apenas em 2006.


Fonte: http://www.businessfeet.com/seo-news/items/internet-marketing-gets-good-viewing-by-tweens-1217606220.html

Marketing para os jovens on-line

Impedir que os anunciantes tentem vender produtos e idéias para seus filhos nunca foi um problema para Susan McLaughlin. Essa mãe de 46 anos, de San Jose, Califórnia, jamais instalou TV a cabo em sua residência. Porém, quando ela e sua filha de cinco anos visitaram o website oficial do brinquedo favorito da filha, McLaughlin percebeu que os anunciantes usam um meio muito mais eficaz de atingir os jovens: a Internet.

"Há jogos e downloads de atividades, mas me parece bastante óbvio, observando os sites, que a finalidalde é vender", diz McLaughlin. "Além disso, ela clica em imagens que a levam a mais brinquedos, alguns muito avançados para ela ou que são destinados a adolescentes ou pré-adolescentes".

Um estudo recente da Kaiser Family Foundation descobriu que os websites, de fato, fazem o seu marketing altamente direcionado para as crianças e adolescentes on-line. Afinal, a Internet é um sonho para os comerciantes, pois os jovens são induzidos a interagir com jogos, personagens de desenhos animados e comunidades on-line. E não são apenas os fabricantes de brinquedos que usam esse recurso. Os videogames on-line gratuitos, por exemplo, buscam inspiração em personagens populares de programas de TV ou incluem merchandising de produtos. Outras vezes os sites para jovens são projetados para dar a sensação de um site de edição independente, mas a intenção real é promover produtos específicos.

O problema é que os jovens talvez não percebam que estão sendo vítimas de marketing, e os pais talvez não percebam que seus filhos estão divulgando dados privados sobre eles mesmos durante o processo. Os especialistas dizem que em vez de desligar o computador, você pode seguir estas etapas a fim de proteger os jovens contra as táticas de marketing digital:

1. Ensine seus filhos sobre marketing on-line
Muitos jovens não sabem que os websites mais divertidos que eles acessam têm segundas intenções. "Os pais deveriam ensinar aos seus filhos que esses sites são comerciais e sua intenção é criar fidelidade com a marca", diz Warren Nightingale, especialista em educação em mídia da Media Awareness Network (media-awareness.ca).

Quando descobriu que as visitas de sua filha àquele website de brinquedos popular levou-a a desejar um brinquedo novo a cada semana, McLaughlin usou a situação como uma oportunidade para ensinar. "Eu não digo 'eles estão tentando tirar vantagem de você'", diz McLaughlin. "Eu digo 'é bom guardar o seu dinheiro e decidir qual brinquedo você mais quer'".

2. Proteja as informações pessoais de seus filhos
A motivação principal de sites comerciais é tentar atrair os jovens a fim de aumentar suas vendas. Uma forma que eles encontram de atingir esse objetivo é coletar informações sobre as preferências dos jovens e como eles reagem aos brinquedos. Por lei, os sites também podem coletar endereços de e-mail de crianças a partir de 13 anos e assim manter contato com esse jovens mesmo após a interação inicial.

"Eles possuem algum conteúdo gratuito, mas para ter acesso ao conteúdo mais interessante, como um ambiente onde os jovens possam participar de jogos ou pesquisas, é necessário fazer o registro", diz Nightingale. "Para registrar-se, é preciso fornecer informações pessoais como nome, endereço e e-mail". Se você não quiser que seu filho forneça um endereço de e-mail, deixe isso claro para ele. Ou, sugere Nightingale, configure uma conta de e-mail fictícia criada para mensagens que você jamais pretende abrir.

Além disso, os especialistas recomendam que os pais leiam as políticas de privacidade dos sites. Os sites deveriam sempre esclarecer que tipo de informações eles coletam dos jovens e como elas são usadas. Se esse não for o caso, instrua seus filhos a não divulgarem informações. Observe também a presença de selos, como o da Better Business Bureau (bbb.org) ou o da TRUSTe (truste.org), indicadores de que o site adota práticas comerciais éticas, protegendo inclusive a privacidade de seus filhos.

3. Envolva-se
Nightingale aconselha aos pais manterem os computadores que têm conexão com a Internet fora do quarto dos jovens e que os coloquem em um local onde possam ser supervisionados. "Quando se trata de tecnologia digital, os jovens estão totalmente imersos”, ele diz. "Eles passam tanto tempo envolvidos com ela, que tornam-se os especialistas da família. Dito isso, eles não possuem necessariamente a capacidade de reconhecer os perigos potenciais e, portanto, os pais precisam se envolver e orientá-los".

Se você perceber que um anunciante on-line está explorando o seu filho, registre uma queixa na U.S. Federal Trade Commission (ftc.gov) ou na Advertising Standards Canada (adstandards.com). Nightingale também sugere que os pais compartilhem suas preocupações com outros pais em fóruns, como o Campaign for a Commercial-Free Childhood (commercialexploitation.org).

Ou siga o exemplo de McLaughlin e conscientize o seu filho sempre que surgir uma oportunidade. "[Anunciantes] estão sempre adicionando links e brinquedos e isso é difícil de controlar", ela diz. "Colocamos nosso computador na sala de estar, que fica próxima à cozinha, para que eu possa ver o que ela está fazendo. Eu digo 'não clique em coisa alguma sem me avisar antes'".

Autor: Tara Swords

Fonte: http://www.yoursecurityresource.com/brasoftware/pt/articles/kids_marketing/index.html

Adolescentes de hoje .... hackers do futuro?

Os adolescentes de hoje poderão vir a ser os hackers do futuro, avisa a Panda Security, perante os resultados de um estudo que indica que 67% dos jovens entre os 15 e os 18 anos de idade já piratearam contas de amigos em IM ou redes sociais.

Vinte por cento confirma ter divulgado na Internet ou publicado em redes sociais fotos ou vídeos comprometedores de terceiros.

O estudo revela ainda uma quantidade significativa de adolescentes (17%) que afirmam possuir conhecimentos técnicos avançados e serem capazes de encontrar ferramentas de hacking na Internet.

Destes, 30% declaram mesmo tê-las utilizado em pelo menos uma ocasião. A curiosidade serve de justificação em 86% dos casos.

A análise da Panda Security mostra complementarmente que mais de metade dos adolescentes entre os 15 e os 18 anos de idade utilizam a Internet diariamente, despendendo em média 18,5 horas semanais ligados.

O estudo revelou que cerca de 32% desta actividade online é dedicada ao estudo, ao passo que os restantes 68% envolvem actividades de lazer, lazer, tais como jogar, ver vídeos, ouvir música, conversar, etc.

Fonte: http://tecnologia.pt.msn.com/Noticias/article.aspx?cp-documentid=16826209

Provador de doces: O novo emprego de um rapaz de 12 anos

Aos 12 anos de idade, um rapaz britânico pode orgulhar-se de já ter conquistado o seu emprego de sonho. Harry Wilsher é o provador oficial de uma fábrica de doces e foi seleccionado entre mais de 3000 candidatos.

A empresa Swizzels Matlow, de New Mills, vai enviar os protótipos confidenciais para casa do jovem provador, que, em resposta, terá que fornecer a sua apreciação das guloseimas, conta o site britânico da BBC. Aroma, cor e embalagem são alguns dos critérios da avaliação.

O emprego terá a duração de um ano e a criança será recompensada pela sua actividade com vales, tendo, inclusive, direito a cartões de apresentação com identificação da empresa.

Depois de ler o anúncio no jornal, Harry Wilsher candidatou-se ao emprego via e-mail, descrevendo o seu doce preferido e indicando como considerava que o mesmo poderia ser melhorado em termos de sabor e até de aspecto.

Fonte: http://keromais.pt.msn.com/sucesso/article.aspx?cp-documentid=16780562

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Martin Lindstrom has been selected as one of the world's 100 most influential people of 2009

TIME magazine, arguably one of the world's most respected publications, today announced that brand futurist and author Martin Lindstrom has been selected as one of the world's 100 most influential people of 2009. The announcement will be made public in the next global edition of TIME magazine appearing on newsstands May 1st 2009.

Lindstrom has been selected in the category of Scientists & Thinkers for his groundbreaking work on neuroscience and branding. His latest book; Buyology — Truth and Lies About Why We Buy (Random House Doubleday, New York) a New York Times and Wall Street Journal best–selling book has been translated into 37 languages and is on almost all major best–seller lists worldwide. Buyology is based on the world's largest neuroscience study on brands and advertising peering into the brains of 2,000 consumers across 5 countries. The results from the $7 million study question a range of conventional thinking within the advertising and marketing community.

"I am absolutely thrilled to bits about the TIME honor" Martin Lindstrom says. He continued, "Since I began this amazing journey some 4 years ago my mission has been to introduce a new and more reliable way to understand our unconscious mind in a commercial context. Today 9 out of 10 new brands fail and the main reason they fail is because conventional research simply no longer works. Something new is required, and that 'something' is a combination of science and marketing. The fact that TIME feels my work has had such strong influence on the world gives me hope that we're on the right path to uncovering the next generation of branding and advertising"

Why Martin Lindstrom?

You know the old saw about half our advertising being wasted but we don't know which half? Well, now we do, thanks to Martin Lindstrom, a Danish brand consultant and the author of the book Buyology, who took a brave leap into neuroscience to figure out why we buy — or don't. Using functional MRI and other brain-scanning techniques, he went beyond the flimflam of the Mad Men and measured the minds of more than 2,000 consumers, all observed under the influence of marketing.

What Lindstrom, 39, found was that many ads are not only ineffective but also have a sort of reverse effect. Huge health warnings on cigarette packs may actually encourage smokers to light up because they trigger a mental echo of the desirable product. Ford spent $26 million sponsoring American Idol, yet Lindstrom found that consumers came to think less of the company, mostly because its ads interrupted the show.

It was in 2003 that Lindstrom started reading about brain-imaging tools and realized they could be applied to marketing. He raised research money, brought scientists on board and helped recruit subjects. He's one of the first brand experts to understand the biology of consumer desire.

When you look past what people say and measure what their brains say, you realize the subconscious controls purchasing. Pepsi, for example, always won the Pepsi Challenge, but Coke won in the marketplace, because it's not about which tastes better but about which we think tastes better. That's an emotional reaction, not a rational (or even gustatory) one, and the brain scans reveal how it happens.

As a generation grows up online, the tools of persuasion will have to be as measurable as the medium. Google does it with clicks and links, and Lindstrom does it with neurons and blood flow. Somewhere between the eye and the mouse finger is the secret to selling.

By Chris Anderson, editor in chief of Wired magazine and author of: The Long Tail



The TIME 100 list is an annual event which over the past decade has included personalities such as U.S. president Barack Obama, Oprah Winfrey, Bill Gates, the Dali Lama, Pope Benedict XVI, Steve Jobs, Hillary Clinton, Rupert Murdoch and Nelson Mandela. The honor is given to people recognized for changing the world within one of five categories: Leaders & Revolutionaries, Builders & Titans, Artists & Entertainers, Scientists & Thinkers, and Heroes & Icons. Within each category, the 20 most influential people (sometimes pairs or small groups) are selected, for a grand total of 100 each year. Managing editor of TIME magazine; Richard Strengelis says: "Influence is hard to measure, and what we look for is people whose ideas, whose example, whose talent, whose discoveries transform the world we live in. Influence is less about the hard power of force than the soft power of ideas and example."

Fonte:

http://www.martinlindstrom.com/index.php/cmsid__buyology_TIME100

http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1894410_1893209_1893463,00.html

terça-feira, 14 de abril de 2009

Comunicação infantil é “compromisso partilhado”

Fazer chegar “mensagens saudáveis” junto do público mais vulnerável é um compromisso partilhado. Transferir ou alienar responsabilidades neste sentido é adiar e criar novas barreiras a um problema que urge ser resolvido, concluiu-se no seminário “Comunicação Responsável para Crianças”

Seminário “Comunicação Responsável para Crianças” serviu de palco a um debate aceso sobre os principais desafios e problemáticas relacionadas com a comunicação dirigida ao público infantil. O balanço da iniciativa indica que é assumida a necessidade de se tomarem posições a este respeito, assim como é unanimemente aceite que a fronteira entre o papel das empresas, do Estado e dos próprios pais não está tão definida quanto isso.

Na verdade, fazer chegar “mensagens saudáveis” junto do público mais vulnerável é um compromisso partilhado. Transferir ou alienar responsabilidades neste sentido é adiar e criar novas barreiras a um problema que urge ser resolvido.

O primeiro passo parece ser a auto-regulação, uma questão que está na ordem do dia e que pretende evitar uma regulação apertada que, a ser implementada, pode significar o fim do direito à liberdade da comunicação comercial. Hoje a auto-regulação é já o mote da maioria das empresas que comunicam para este target. O importante agora é implementar os mecanismos de monitorização que permitam aferir o cumprimento, ou não, do que foi definido nas “regras” de boas práticas.

Temas como a obesidade infantil, a indefinição entre conteúdos informativos e publicidade (seja em sites, telemóveis, televisão ou jogos), ou a responsabilidade das empresas na educação dos mais novos para a interpretação das mensagens publicitárias, foram também largamente debatidos.

A incapacidade de decifrarem os artifícios das mensagens publicitárias e a pressão que as imagens, as cores e os sons exercem nos mais jovens, são factores que contribuem para um ciclo de influência dos mais novos sobre os pais levando-os a ceder a um, a outro e mais outro pedido… isto significa que é também necessário educar os pais a serem mais assertivos e menos permissivos, e aqui a comunicação e o marketing podem e devem ter um papel fundamental.

O caso específico da internet é ainda mais alarmante na medida em que é um meio a que muitas crianças estão expostas e para o qual as discussões e recomendações levadas a cabo até à data são consideradas insuficientes. Neste sentido, Oliver Gray, da European Advertising Standards Alliance (EASA), referiu a elaboração por esta organização de um código de Boas Práticas de Marketing Digital, em 2008, com o objectivo de auto-regular a comunicação nos meios digitais.

A Sair da Casca salientou ainda a ligação entre uma comunicação responsável e uma comunicação alinhada com estratégias e compromissos no âmbito da responsabilidade social estruturadas, que levem em conta as expectativas dos stakeholders contribuindo, por um lado, para a uniformização de políticas gerais no que respeita a comunicação com este target e, por outro, para o aumento do reconhecimento e da confiança por parte dos consumidores e para a capacidade de fidelizar desde já os clientes/consumidores do futuro, numa óptica de consumo responsável.

Fonte: http://www.ver.pt/conteudos/ver_mais_Responsabilidade.aspx?docID=748

“A internet tem pouca importância na comunicação com as crianças”

James McNeal (JM) estuda o comportamento das crianças há mais de quarenta anos, procurando perceber estes consumidores. JM é consultor e investigador internacional, pós-doutorado em Comunicação Infantil pela Universidade de Chicago.

Meios & Publicidade (M&P): Quais os requisitos base para uma marca conseguir ser adoptada pela criança como sua?

James McNeal (JM): A marca deverá ter significados positivos para a criança, sugerir-lhe benefícios, e ser apoiada por outras pessoas como os pais ou os seus pares.

M&P: Existem meios mais eficazes para comunicar com crianças?

JM: Penso que o meio que atrai um maior número de pessoas com menor custo é o mais eficaz de acordo com as métricas de medição dos gestores de media. Na verdade, o meio que emocionalmente envolve as crianças e mais facilmente expressa a intenção da mensagem é provavelmente o mais eficiente. Logo, para crianças com menos de oito ou nove anos os media preferidos pelos pais e levados às crianças por estes, fazem melhor o seu trabalho. Ainda que seja difícil de medir provavelmente a combinação de um mix de meios é o que funciona melhor.

M&P: Qual a importância da internet na comunicação com o target infantil? Este meio não pode ser uma forma das marcas contornarem as limitações legislativas impostas por outros meios?

JM: A internet tem pouca importância na comunicação com crianças pequenas, os que têm menos de oito anos, e com crianças inseridas em casa de baixo rendimento. A internet provavelmente comunica bem junto das outras crianças mais velhas. As mensagens na internet parecem ter pouca regulação quando comparadas com os media tradicionais.

M&P: Há alguma idade em que a publicidade não funcione?

JM: Assumindo que quando diz “funcione” queira dizer informe e persuada, a publicidade provavelmente pode fazer o seu trabalho junto de crianças de qualquer idade. O problema da ineficácia chega quando os anunciantes não têm a habilidade e conhecimento para comunicar com crianças de diversas idades.

M&P: Quando é que se pode considerar que uma criança começa a ser consumidora? Porquê?

JM: As crianças são consideradas consumidoras quando começam a demonstrar gostar ou não gostar de produtos comerciais entre os dois e os quatro meses. Ao demonstrarem aquilo que gostam e não gostam influenciam as compras dos seus pais.

M&P: Quais as principais diferenças enquanto consumidoras das crianças de há quarenta anos e as de hoje?

JM: Tendo estudado o comportamento das crianças por mais de 40 anos - o meu primeiro estudo foi publicado no início dos anos 60- posso identificar várias diferenças. Os padrões básicos de comportamento de consumo são muito semelhantes hoje daquilo que eram há 40 anos, mas o que mudou foi a magnitude do seu comportamento. Eles influenciam muito mais o comportamento de compra doméstico, fazem muito mais compras por si próprios, e em qualquer idade, demonstram muito mais conhecimento do mercado.

M&P: Nas compras para o lar as crianças são fortes influenciadoras. Em que categorias de produto isso se nota mais?

JM: De acordo com os meus estudos, nos EUA as crianças influenciam cerca de metade das compras familiares de rotina, enquanto que na China influenciam cerca de 70%. De um modo geral, a influência das crianças é maior nos produtos comerciais que regularmente consomem como comida, roupa e brinquedos. Mas eles também usam regularmente e, por isso, têm muita influência em bens duráveis como automóveis, computadores e televisões. A influência das crianças é mínima nos produtos consumidos regularmente por outros membros do agregado familiar.

M&P: Os pais devem de alguma forma proteger os filhos da comunicação ou publicidade? Que cuidados é que os pais devem ter?

JM: Sim. Os pais devem protege-los dos produtos e serviços que não querem que as crianças consumam, dos anúncios que ensinam maus comportamentos e maus valores, e dos anúncios que são desonestos. No total, nos Estados Unidos isto significa que qualquer anúncio deve ser evitado.

M&P: Como podemos esperar que as crianças de hoje sejam daqui a 10 anos?

JM: Temos que ter em atenção que as crianças de hoje são os futuros consumidores de todos os produtos, serviços e ideias. Isso significa que eles vão comprar ou usar toda uma nação de produtos incluindo política, ideias, educação e religião. Logo, o comportamento de consumo que lhes é ensinado hoje, enquanto crescem, vai determinar o que serão enquanto adultos e o que lhes é ensinado no futuro. Isto significa que temos algum controlo do que serão as crianças daqui a dez anos.

Quem é James McNeal?

James McNeal publicou dez livros e mais de 60 artigos, alguns dos quais premiados e considerados uma referência na área como é o caso do Children`s Visual Memory of Packaging (Journal of Consumer Marketing) e que mereceu a designação de “outstanding journal article of 2003″. Em 1987 escreveu o primeiro livro dedicado às potencialidades do mercado infantil, Children as Consumers: Insights And Implications. Em 1992 saiu a sua obra mais conhecida, Kids as Customers: a Handbook of Marketing to Children.
Doutorado em Marketing e Psicologia pela Universidade do Texas, cidade onde vive, e com um pós-doutoramento em comunicação infantil pela Universidade de Chicago, James McNeal dirige a sua própria empresa de consultoria, a McNeal&Kids, Youth Marketing Consultants, que conta como clientes algumas das maiores empresas mundiais como Walt Disney, M&M Mars, Coca-Cola Foods e Nike. Desde que se reformou da Texas A&M University tem-se dedicado a conhecer o maior mercado infantil do mundo: a China.

Fonte: http://www.meiosepublicidade.pt/2008/03/28/a-internet-tem-pouca-importancia-na-comunicacao-com-as-criancas/

quarta-feira, 25 de março de 2009

Marketing Senior - Ser Jovem como Estilo de Vida

Christian Majgaard - Consultor Marketing Infantil

A Televisão e as Crianças

O estudo "A televisão e as crianças" - encomendado pela Entidade Reguladora da Comunicação Social e desenvolvido por investigadores da Universidade do Minho foi apresentado ontem na Fundação Gulbenkian , em Lisboa - indica ainda que 83,5% dos programas educativos - a maioria dos quais exibidos pela RTP2 - se destina à faixa até aos cinco anos.

Presente na sessão, o director deste canal, Jorge Wemans, disse ser uma opção deliberada porque "vivemos numa sociedade gradualmente mais desigual e devemos cada vez mais cedo dar às crianças ferramentas que reduzam essas diferenças".

O estudo analisou, ao longo de um ano, entre Setembro de 2007 e Outubro de 2008, a programação infanto-juvenil e as audiências entre os quatro e os 14 anos na RTP1, RTP2, SIC e TVI.

Os desenhos animados dominam a programação infantil dos canais generalistas e as novelas juvenis reinam nos privados. Há menos violência, mas faltam conteúdos mais pedagógicos.

Dois terços (69%) dos programas infanto-juvenis transmitidos pelos quatro canais generalistas nacionais - RTP1, RTP2, SIC e TVI - não são educativos. Foi esta a conclusão dos investigadores da Universidade do Minho, depois de analisarem 3283 programas para crianças.

Três quartos dos programas são transmitidos de manhã, quando o público-alvo se encontra na escola. Aqui os autores do estudo - Sara Pereira e Manuel Pinto - crtiticaram a TVI por, ao sábado de manhã, interromper a progranação infantil com "wrestling". "As tardes estão relativamente desguarnecidas", com excepção dos fins de tarde na TVI e RTP2.

Os programas mais vistos acabaram por ser as transmissões de jogos de futebol (Euro 2008) e as telenovelas nocturnas da TVI. Só depois aparecem os 10 programas infantis com maior audiência. Todos da SIC e da RTP2.

O relatório evidencia ainda que as raparigas preferem os canais generalistas e os rapazes tendem para os temáticos, por cabo, e que quanto menor é o estrato social, mais televisão consome.

A luta bem/mal, a magia e o humor são os temas predominantes nestes programas que têm "um universo muito branco, quase sem diversidade étnica e de classe média", disse Manuel Pinto.

"Uma boa surpresa", segundo a autora - com que o director de Programas da SIC, Nuno Santos se congratulou - foi a violência já não ser uma marca, explicado pelo autor por só 4% dos programas serem de origem asiática.

O director de Programas da RTP1, José Fragoso, admitiu haver um défice de produção nacional e de programas para pré-adolescentes (após os 14 anos), com o director de conteúdos da TVI, Paulo Soares, a alegar que as privadas vivem da publicidade e esta não é suficiente para produzir de raiz.

De acordo com os resultados do estudo, a faixa etária do pré-escolar (até seis anos) usufrui de uma “programação diversificada” na RTP 2, enquanto que a faixa etária entre os 6 e os 10 anos é a que tem menos possibilidades de escolha, sendo mais satisfeita pela SIC. A faixa etária dos mais velhos, entre os 11 e os 16 anos, tem uma oferta maior, mas menos diversificada, sendo preenchida essencialmente pelas telenovelas da TVI.

O futuro da programação infantil, tendo em conta o desenvolvimento da TV por cabo, da TV digital, do anunciado canal dedicado ao público infantil e juvenil; as possibilidades de diversificar mais os géneros da produção nacional e mesmo da produção de origem europeia; como envolver mais as instituições educativas, familiares, autárquicas e de investigação quer no acompanhamento e estudo desta matéria quer na definição de políticas de infância, foram alguns dos tópicos lançados pelo investigador Manuel Pinto para uma agenda pública de debate.


Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1180554

segunda-feira, 23 de março de 2009

Jovens aderem ao serviço de MMS

São os jovens que mais aderem ao serviço de MMS. Segundo os dados do estudo Barómetro das Telecomunicações, 45,5 % dos que enviam mensagens multimédia têm menos de 25 anos e 71,2% menos de 35 anos.

As taxas de penetração chegam aos 42% entre os inquiridos pertencentes à faixa etária dos 10 aos 14 anos e de 49,3% entre os jovens dos 15 aos 24 anos.

A idade é mesmo a variável mais discriminante nesta análise, não se encontrando diferenças significativas de penetração do serviço por classe social e por região.

A Marktest apurou que, os utilizadores deste serviço enviam uma média de 10 MMS por semana, menos de dois por dia.

Fonte: http://tecnologia.pt.msn.com/Noticias/article.aspx?cp-documentid=15261430

Publicidade na Internet e no multimedia móvel irá aumentar

Um estudo da Forrester Research que envolveu 114 profissionais de Marketing de empresas com mais de 250 funcionários, cujo resumo é agora apresentado, refere que está a aumentar a publicidade nos novos media: blogs, microblogs e redes sociais.

As dados revelam que 53% dos inquiridos vão aumentar os investimentos nesse tipo de media nos próximos seis meses. Já 42% responde que vai manter os gastos com estes espaços da Web, enquanto 5% indica que pretende reduzir o investimento neste segmento.

Apesar do bom momento, a consultora afirma que os anunciantes vão querer obter métricas, de modo a terem uma melhor ideia do retorno do investimento feito.

Com base nos resultados, a Forrester refere que os anunciantes terão de deixar de olhar para os media interactivos como uma experiência e passar a inclui-los de vez nos seus planeamentos publicitários, integrando-os com outras acções.

A consultora considera importante que as empresas aproveitem os blogs e as redes sociais para criar um canal constante de comunicação e de relacionamento com os clientes.

Fonte: http://tecnologia.pt.msn.com/noticias/article.aspx?cp-documentid=15319896#toolbar

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A Juventude em rede

Uma reportagem intitulada “A Juventude em rede” da autoria da jornalista Anna Paula Buchalla publicada na revista VEJA apresenta um retrato dos adolescentes de hoje e evidencia a sua ligação às novas tecnologias mas também alguma desorientação.

A seguir replica-se a reportagem
(http://veja.abril.com.br/180209/p_084.shtml)

"A juventude em rede"

Como pensam e se comportam os adolescentes de hoje: filhos da revolução tecnológica, eles vivem no mundo digital, são pragmáticos, pouco idealistas e estão mais desorientados do que nunca.



"Alguém tinha deixado uma revista no banco, ao meu lado, e comecei a ler, achando que assim ia parar de pensar no Professor Antolini e num milhão de outras coisas, pelo menos durante algum tempo. Mas a porcaria do artigo que comecei a ler quase que me fez sentir pior ainda. Era sobre os hormônios. Mostrava a aparência que a gente deve ter – a cara, os olhos e tudo – quando os hormônios estão funcionando direito, e eu estava todo ao contrário. Estava parecendo exatamente com o sujeito do artigo, que estava com os hormônios todos funcionando errado. Por isso comecei a ficar preocupado com os meus hormônios. Aí li outro artigo, sobre a maneira pela qual a gente pode saber se tem câncer ou não. Dizia lá que, se a gente tem alguma ferida na boca que demora a sarar, então isso é sinal de que a gente provavelmente está com câncer. E eu já estava com aquele machucado na parte de dentro do lábio há umas duas semanas. (...) Calculei que devia morrer dentro de uns dois meses, já que estava com câncer. Foi mesmo. Eu estava certo de que ia morrer. Evidentemente, essa ideia não me deixou muito satisfeito."

O trecho do parágrafo anterior é de um romance que, durante décadas, foi o livro de cabeceira de milhões de jovens ao redor do mundo: O Apanhador no Campo de Centeio, do americano J.D. Salinger. Lançado em 1951, ele é um registro magistral das perplexidades, anseios, medos e descobertas de um adolescente que foge do colégio interno, vaga sem destino certo e acaba internado numa clínica, por "esgotamento", onde resolve fazer o relato de seu périplo. Quem leu o livro dificilmente esquece o nome do personagem: Holden Caulfield, para quem tudo (ou quase tudo) é uma porcaria. E para quem tudo (ou quase tudo) é motivo de saudade. Paradoxos de quem tem os hormônios "funcionando errado", claro. Os adolescentes continuam a ter um quê de Holden Caulfield dentro de si, mas mudaram muito desde que Salinger publicou seu romance. Mudaram muito porque mudamos todos nós, e bastante. Em parte, houve evolução; em parte, talvez, involução. Ganhou-se em liberdade e pragmatismo; perdeu-se em encantamento e idealismo. Os jovens não poderiam ficar fora da curva dessa trajetória.

VEJA foi a campo tentar descobrir como os adolescentes atuais poderiam ser identificados se tomados como um todo. Sim, é uma generalização, e como toda generalização deve ser olhada com cuidado. Mas quem sabe ela possa subsidiar pais angustiados (e irritados) com moças e rapazes para quem, de uma hora para outra, eles, antes tão adorados, se tornaram "ridículos". Durante dois meses, a revista ouviu dezenas de jovens, pais, psicólogos e educadores sobre os desejos, dúvidas, receios e ambições da adolescência dos anos 2000. Uma enquete com 527 pais e jovens de 13 a 19 anos de todo o país, disponibilizada por uma semana no site VEJA.com, identificou hábitos e comportamentos da geração que daqui a vinte anos estará no comando do país. Eis algumas conclusões: os meninos e meninas que nasceram a partir de 1990 não almejam fazer nenhum tipo de revolução – nem sexual nem política, como sonhavam os jovens dos anos 60 e 70. Mudar o mundo não é com eles. O que querem mesmo é ganhar um bom dinheiro com seu trabalho. São também mais conservadores em relação aos valores familiares (embora os pais, lógico, sejam "ridículos"), de acordo com o maior estudo de hábitos e atitudes da população adolescente brasileira, conduzido pela empresa de consultoria Research International. Fruto da revolução tecnológica e da globalização, eles formam, ainda, a geração do "tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora" (uma das inúmeras expressões com as quais os especialistas tentam defini-los). São capazes de realizar várias atividades ao mesmo tempo (as de estudo, nem sempre a contento), porque celular, iPod, computador e videogame praticamente viraram uma extensão do corpo e dos sentidos. É, enfim, uma juventude que vive em rede, com tudo de bom e de ruim que isso significa. Afirma Felipe Mendes, diretor-geral da Research International: "O que preocupa nesta geração é que eles são concretos em relação a dinheiro e trabalho, mas muito básicos em seus sonhos e impessoais e virtuais nos prazeres que deveriam ser reais".

O fato de estarem sempre conectados os leva a ter interesse por mais assuntos e a ser mais bem informados de maneira geral. O lado ruim é que raramente tentam aprofundar-se em algum tema. Mudam de opinião com rapidez e frequência proporcionais ao liga-desliga do computador. Mais do que ocorria nas gerações de jovens anteriores, suas decisões costumam estar envoltas em interrogações, como se a vida fosse um eterno teste de múltipla escolha. Plugados ao mundo, aos sites de relacionamentos como Orkut e aos serviços de mensagens instantâneas, eles movem-se em rede e estão menos divididos em tribos. E é justamente isso que os faz menos preconceituosos com as diferenças: 44% dos participantes da pesquisa da Research International têm amigos próximos com uma orientação sexual diferente da sua. É um dos melhores aspectos do lado bom.

O frenesi da era digital ajuda a empurrar esses adolescentes a trocar de amores, amizades, cursos e aspirações como quem troca de tênis. "É uma sucessão de reinícios, com finais rápidos e indolores", define o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Mas, como não é possível recusar sempre a vivência da dor, a contrapartida pode ser o aumento da ansiedade em relação a relacionamentos pessoais e opções profissionais. "Você quer tudo e, ao mesmo tempo, não sabe o que quer", diz Marcela Lucato, de 16 anos. A frase resume bem o porquê de eles nunca se mostrarem completamente satisfeitos. São tantas opções de escolha sobre o que fazer e aonde ir e tanta liberdade de decisão que eles se perdem. "O melhor de ser jovem hoje é ter liberdade de escolha. Mas é difícil decidir, não temos prioridades", afirma Giuliana Locoselli, de 16 anos. Está certo que uma das características da geração atual em relação às anteriores é o fato de que moças e rapazes demoram mais para se decidir em relação à carreira a ser seguida. O dado positivo é que, nesse meio-tempo, eles articulam uma rede de contatos tão grandiosa que, no futuro, poderá ajudá-los profissionalmente. Apesar de todas as incertezas, um trabalho que os faça ricos é o sonho de 64% dos adolescentes. Faz sentido: os jovens de hoje estão caros. Caros, não, caríssimos. Eles custam cinco vezes mais do que há trinta anos (veja o quadro). E, para aumentar mais os gastos familiares, são grandes influenciadores das compras dos próprios pais. Em nove de cada dez famílias que adquirem eletroeletrônicos, a decisão de qual aparelho levar é deles. Cerca de 45% dos adolescentes brasileiros correm às lojas assim que um novo gadget é lançado, segundo uma pesquisa da empresa Deloitte.

O excesso de excesso de exposição dos adolescentes em sites de relacionamentos é, sim, motivo de preocupação. A agenda trancada a chave do passado deu lugar a trocas de mensagens apaixonadas ou comentários sobre a vida própria e a alheia para todo mundo ler. Lá estão também fotos da família, dos amigos, do namorado, da "ficante" e por aí vai. "A privacidade não existe mais para eles", diz Claudia Xavier da Costa Souza, coordenadora do centro pedagógico do Colégio Porto Seguro. Expõem-se tanto a ponto de já terem sido chamados de a geração look at me ("olhe para mim"). "Esse fato, para além dos problemas circunstanciais que pode acarretar, dificulta o desenvolvimento da capacidade de autorreflexão e introspecção, o que é essencial para o crescimento", diz a psicóloga Ceres Alves de Araujo.

Com uma rede de conhecidos tão vasta, o número de festas é enorme. Se os pais deixarem, eles saem de domingo a domingo. Nessas saídas, que podem se arrastar até o dia seguinte, pode haver muita bebida e droga, especialmente as sintéticas. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas revela que 35% dos adolescentes brasileiros de 12 a 14 anos consumiram algum tipo de bebida alcoólica no mês anterior ao estudo – é a taxa mais alta da América Latina. Entre os brasileiros de 15 a 16 anos, esse índice sobe para 56%. As meninas são um capítulo à parte nesse cenário. Elas estão se expondo mais precocemente que os meninos aos perigos do álcool e das drogas. Como elas amadurecem antes, inclusive fisicamente, é mais fácil para a maioria entrar nas festas dos mais velhos, onde a bebida corre sem nenhum controle. Basta uma visita a qualquer supermercado numa noite de sábado para testemunhar grupos de adolescentes se preparando para o que chamam de "esquenta" – ou seja, beber na casa de um deles antes de ir para a festa. Muitos entram nas baladas com vodca em garrafas de água mineral. Bem, Holden Caulfield não faria diferente...

E em que reside a maior culpa dos pais de hoje? Em não saber dizer o velho, bom e sonoro "não". É como se, para eles, negativas pertinentes a comportamentos inaceitáveis equivalessem a um castigo físico, afirmam os especialistas em adolescentes. "Há ainda um outro fator: a falta de cobrança. Ela tem como corolário a falta de responsabilidade na vida adulta", diz Silvana Leporace, coordenadora educacional do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Portanto, atenção: se hoje seria uma perversidade colocar seu Holden Caulfield num internato ou algo que o valha, como fizeram os "velhos" do personagem de Salinger, é um tremendo erro cair no extremo oposto – o de deixar como está para ver como é que fica, enquanto se finge ser liberal. Dá para controlar um adolescente em condições razoavelmente normais de temperatura e pressão ou, ao menos, suportá-lo sem maiores traumas? Dá. Eis aí algumas sugestões de educadores e psicólogos para que você não perca completamente a cabeça (uma parte dela é aceitável:

• Quando o jovem bebe
Diante de evidências tão claras quanto as da série Law & Order, os pais nunca devem perguntar: "Você bebeu?". Nesse caso, eles correm o risco de ter dois problemas – a bebida e a mentira. É bom que os pais sejam firmes e informem o jovem de que eles sabem da bebida. Proibir o filho de beber não tem efeito prático nenhum. O melhor a fazer é explicar os riscos do consumo excessivo de álcool. Em geral, conversas francas e amigáveis dão mais resultado que a gritaria.


• Quando ele insiste em não atender o celular
Os pais devem deixar claro que o jovem tem o aparelho por dois motivos: para que tenha autonomia e eles, tranquilidade. Se o adolescente não atende as ligações dos pais, deve perder a liberdade que lhe foi concedida. Um exemplo: se o horário para chegar em casa é às 3 da manhã, da próxima vez ele deverá chegar à 1. Faça-o entender que cabe a ele reconquistar a confiança dos pais.

• Quando ele abusa do telefone
Não há como exigir que um adolescente controle os gastos com telefonia. A alternativa é dar-lhe um celular pré-pago. No caso do telefone fixo, antes de recorrer a cadeados ou bloqueios da linha por senha, desconte da mesada o valor das longas, longuíssimas conversas com amigos e afins.

• Quando o adolescente se expõe demais na internet
Cabe ao pai e à mãe mostrar o que eles pensam a respeito da intimidade devassada na rede. É direito e dever deles dar sua opinião ao filho, mas não é possível exigir que o adolescente aja da forma pretendida pelos pais. Se o excesso de exposição resultar em fofocas que cheguem aos ouvidos paternos, o melhor a fazer é consultar um psicólogo.

• Quando há excesso de discussão entre pais e filhos
"Falar com o filho é fundamental, mas não na condição de amigo. Um diálogo entre pais e filhos, quando trata de assuntos decisivos e espinhosos, como sexo, autonomia e responsabilidade com os estudos, é sempre delicado. Pode fluir numa comunicação tranquila, mas nem por isso será fácil", diz a psicanalista Diana Corso. Se você nunca experimentou uma "comunicação tranquila", e acha que isso será impossível até que ele ou ela caia em si depois da descarga hormonal da adolescência, tenha em mente que toda discussão deve ter limite. É um erro bater boca com um adolescente. Não leva a lugar algum. O ideal é deixá-lo falando sozinho. Quando a situação se acalmar, de ambos os lados, é hora de sentar e tentar conversar outra vez. Se pais e filhos caírem numa rotina de bate-boca, será preciso buscar outros meios de comunicação – de preferência o e-mail, um instrumento ao qual o adolescente está mais do que habituado.

Boa sorte.





























Enquanto isso, nas classes C, D e E...
Os jovens das classes C, D e E têm menos dinheiro, mas se comportam da mesma forma que os mais ricos quando vão às compras: dão preferência a lançamentos e a marcas famosas. Uma pesquisa do Instituto Análise e do site e-bit, que hospeda lojas virtuais, mostra que a novidade de um produto é um dos principais atributos exigidos pelos brasileiros de 18 a 24 anos com renda familiar de até 1 000 reais. O levantamento, realizado com compradores de produtos eletroeletrônicos, descobriu também que os jovens mais pobres estão dispostos a comprometer uma parcela maior de sua renda para adquirir os modelos mais avançados desses aparelhos. Além de inovação e marca, eles passaram a procurar bens de valor mais alto, como notebooks, televisores de LCD e home theaters, que antes eram adquiridos apenas pelos mais ricos.
Esses dados levaram os pesquisadores a concluir que está em curso uma mudança no perfil dos consumidores de baixa renda. Quanto mais jovens são os indivíduos desse estrato, maior é a importância que se dá à qualidade e menor a que se confere a, por exemplo, facilidades de pagamento, como o número máximo de prestações em um parcelamento. "Os jovens estão elevando o seu padrão de consumo e isso vale também para os que têm menor poder aquisitivo", resume o cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise. Os jovens de baixa renda incorporaram hábitos antes próprios dos compradores mais endinheirados. Como esses últimos, eles passaram a procurar ofertas na internet e a comprar em lojas virtuais. Para quem vende na rede, é uma clientela promissora. "Atender esse nicho de mercado se tornou uma obsessão de muitas empresas", diz Almeida.









Fonte: http://veja.abril.com.br/180209/p_084.shtml