quinta-feira, 18 de março de 2010

Influência da Publcidade sobre as crianças - Uma perspectiva parental

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, encomendou uma pesquisa junto ao Datafolha para medir a percepção dos pais com filhos entre 3 e 11 anos completos sobre alguns aspectos das propagandas direcionadas às crianças.

A pesquisa foi apresentada à imprensa no dia 16 de março, no encontro para jornalistas que ocorreu no 3º Fórum Internacional Criança e Consumo. O itu.com.br cobriu o evento.

Além da apresentação da pesquisa à imprensa, os jornalistas participaram de um debate sobre consumo infantil, com a presença de Benjamin Barber , Susan Linn e Helio Mattar .

O Fórum, que acontece entre os dias 16 e 18 do mês de março no Itaú Cultural, trata de 3 temas-chaves: Honrar a Infância, Refletir o Consumo e Brincar.

Pesquisa Datafolha

O levantamento foi realizado na cidade de São Paulo entre 22 e 23 de janeiro de 2010. Foram ouvidos 411 pais e mães de todas as classes econômicas, com destaque para a classe C, que correspondeu a 52% dos entrevistados. A margem de erro é de 5 pontos percentuais.

Algumas conclusões da pesquisa:

Pedido dos filhos:

- Sete em cada dez pais entrevistados afirmaram serem influenciados pelos filhos na hora da compra. Maior incidência entre os homens.

- Para os pais, omaior influenciador dos pedidos dos filhos, entre sete itens estimulados,são aspropagandas (38%). Em seguidaestão os personagens ou filmes e programas de TV (18% e 16%, respectivamente).

Restrições ao marketing e à publicidade:

- 73% dos pais concordam que deveria haver restrição ao marketing e propaganda voltada às crianças.

- O consumismo infantil, a disponibilidade de dinheiro, as questões relativas àalimentação, sexo e violência são os principais argumentos dos entrevistados que disseram que deveria haver restrição às propagandas.

Alimentação:

- Preocupação dos pais: Evitar a exposição à violência (80%) e ter uma alimentação saudável (75%), foram apontadas como as principais.

- Pedidos dos filhos:Os pais apontaram, espontaneamente, alguns pedidos que os filhos costumam fazer – as guloseimas foram as mais mencionadas: chocolate/bala/chiclete/doce/bolacha – 43%; bolacha salgada/salgadinho – 34%; sorvete – 32%.

- Os pedidos mais frequentes são observados nas duas faixas etárias estudadas (de 3 a 7 e de 8 a 11 anos completos), mas os percentuais são mais altos entre os mais novos.

- Frequência de consumo: bolachas (82%), refrigerantes (70%) e salgadinhos (64%) são alimentos consumidos algumas vezes por semana, pelas crianças de 3 a 11 anos.

- Influência de estratégias de marketing:Estimulados a responder se concordavam ou não com a frase “A oferta de prêmios e brindes influenciam a escolha do produto/ alimento pelo(s) meu(s) filho(s)”, 75% dos pais concordaram.

Fonte: Itu.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2010

Estudo: as idades e as redes sociais

Estudo realizado pela Royal Pingdom (Study: Ages of social network users) mostra o uso das redes sociais pelos diferentes escalões etários.


Social network age distribution


What is the age distribution in the social media sphere?

We took the age distribution data we had collected and calculated what the age distribution looked like across all 19 sites counted together. The resulting chart is right here below.

A full 25% of the users on these sites are aged 35 to 44, which in other words is the age group that dominates the social media sphere. Only 3% are aged 65 or older.

That was the age distribution when looking at these 19 sites together. When looking at individual social network sites, the differences are significant, as you will see below.


Age distribution per site

Here below you can examine the age distribution for each of the 19 social network sites we included in this study. The list has been sorted by the average user age per site (see further down for that), with the “youngest” site showing at the top and the “oldest” at the bottom.


Some observations on age distribution:

  • Bebo appeals to a much younger audience than the other sites with 44% of its users being aged 17 or less. For MySpace, this number is also large; 33%.
  • Classmates.com has the largest share of users being aged 65 or more, 8%, and 78% are 35 or older.
  • 64% of Twitter’s users are aged 35 or older.
  • 61% of Facebooks’s users are aged 35 or older.

Dominant age groups

Most of the social networks we included are dominated by the age group 35-44, which was apparent in the first chart in this article. This group has become the most “social” age group out there. This is the generation of people who were in their 20s as the Web took off in the mid ‘90s.

If we look at which age groups are the largest for each site, we get the following distribution:

  • 0 – 17: Tops 4 out of 19 sites (21%)
  • 18 – 24: Tops no site
  • 25 – 34: Tops 1 out of 19 sites (5%)
  • 35 – 44: Tops 11 out of 19 sites (58%)
  • 45 – 54: Tops 3 out of 19 sites (16%)
  • 55 – 64: Tops no site
  • 65 or older: Tops no site

It’s a bit surprising that not one single site had the age group 18 – 24 as its largest, but that can be explained by this interval being a bit smaller than the other ones (it spans seven years, not 10 as most of the others). That the two oldest age groups don’t top any of the sites probably doesn’t surprise anyone, though.


Average user age per site

As we promised in the introduction, we have calculated an estimate of the average age for each of the social network sites included in this study. The result is here below.



A few observations:

  • The average social network user is 37 years old.
  • LinkedIn, with its business focus, has a predictably high average user age; 44.
  • The average Twitter user is 39 years old.
  • The average Facebook user is 38 years old.
  • The average MySpace user is 31 years old.
  • Bebo has by far the youngest users, as witnessed earlier, with an average age of 28.

On the social web, age is a factor

Although we can’t say how this will change over time, at the moment the older generations are for one reason or another (tech savvy, interest, etc.) not using social networking sites to a large extent. This probably reflects general internet usage, but we suspect the difference is enhanced when it comes to the social media sphere where site usage tends to be more frequent and time-consuming than usual.

It is also noteworthy that social media isn’t dominated by the youngest, often most tech-savvy generations, but rather by what has to be referred to as middle-aged people (although at the younger end of that spectrum).


Do que gostam os teenagers?

Seis adolescentes, dos 13 aos 16 anos, revelam os seus prazeres e, com eles, as suas personalidades

Sentir-se diferente mas integrado é um desafio da adolescência. Uma fase em que se tentam conciliar emoções num corpo que, de repente, é também novo.

Os gostos dos adolescentes assumem-se nesta fase, segundo Ângelo de Sousa, psicólogo, como "uma marca identitária da singularidade de cada um". Contudo, partilham a necessidade de estar com os amigos e de quebrar a influência dos pais, provando já ter autonomia.

Sendo difícil definir um intervalo etário exacto, pode dizer-se que se é adolescente entre os 10 e os 19 anos. "É um período de transição, cada vez mais alargado e diverso, entre a infância e a idade adulta", explica Isabel Reis, pediatra. Diferentes percursos impedem-nos de considerar a adolescência um processo igual para todos os seres humanos. "Se a vida é um processo contínuo, devemos dizer que há adolescências e não uma adolescência", explica a pediatra.

Mesmo sem generalizar os gostos dos adolescentes, existe muito em comum entre eles. Vivem uma transição em que tentam perceber o que são, quem podem e querem ser. "É com os amigos, o seu microcosmos, que vão conseguir responder a isso, não com a família", afirma Isabel Reis. Colocam dúvidas como: "Serei capaz de ser desejável e atrair alguém?" E têm desejos: "Quero sentir-me diferente, mas quero ser normal."

Fãs de tecnologia

Para além de estar com os amigos, outros gostos são comuns e estão ligados às mais modernas tecnologias, entre as quais os adolescentes já nasceram. Passam por ouvir música, jogar e ir ao cinema, dando uso aos computadores, televisões, iPods, mp3 ou telemóveis.

"Praticamente desde que nasci, tive sempre o comando da consola na mão", justifica o mais novo dos seis adolescentes. Aos 13 anos, Emanuel diz que, "se pensar a sério no assunto", jogar computador ou videojogos é o que mais gosta de fazer. Mas a relação que tem com as tecnologias, pode dizer-se, não é totalmente passiva. Também desenvolve jogos de computador e trabalha no site que construiu na Internet. "Ter um site hoje em dia não é nada de relevante. É só um espacinho que eu tenho para reflectir e partilhar os meus pensamentos", explica.

Para além do computador, aparece o telemóvel entre os objectos de que mais gostam. Cátia tem 15 anos e o telemóvel está sempre com ela. "Não me imagino um dia sem ele, permite-me estar sempre em contacto com toda a gente." E se aquilo que mais gosta de fazer é namorar, a verdade é que ambos os gostos estão ligados: "Também se namora por telemóvel."

Mas é impossível generalizar o uso do telemóvel entre os adolescentes. "Só utilizo o telemóvel e o e-mail quando necessário, não é de uma forma tão obsessiva como outros adolescentes", explica a Mariana. Aos 16 anos, uma das coisas que mais gosta de fazer é desenhar e tem uma paixão por ténis. Explica que a cultura pop a influenciou. "Via os ténis personalizados dos artistas e fascinavam-se. Sempre quis ter uns ténis únicos, originais, só meus e que eu própria desenhasse." Sobre gostar de desenhar, confessa que foi influência do irmão. "Quando era mais nova, lembro-me de conseguir passar tardes inteiras a desenhar."

Gostos hereditários?

A influência da família pode reflectir-se nos interesses os adolescentes. "Por vezes, há um prolongamento dos gostos dos pais para os filhos. Se os pais valorizam a escolaridade e a leitura, os filhos também o vão fazer", acrescenta Isabel Reis.

Com a música e a moda costuma ser diferente, mas há excepções. Ouvir música dos anos 60 aos 90 é uma das preferências do Bernardo. Beatles, David Bowie, Elvis Presley, Bon Jovi ou Van Halen são os preferidos, assim como terão sido dos seus pais. Tem 14 anos e o corpo ainda em desenvolvimento para o desporto que pratica há meses: râguebi. É algo que os pais apoiam pela união e princípio de equipa que lhe estão associados.

Também os pais do Nuno o incentivaram desde pequeno a fazer um desporto e tocar um instrumento. Aos 15 anos fazer natação e tocar guitarra estão entre as coisas que mais gosta. A estudar na área de Ciências, já no 10º ano, divide o seu tempo entre as actividades fora da escola e as exigências do horário das aulas.

Há outros gostos diferentes, como cozinhar. Está no topo das preferências da Geisa, de 16 anos. No primeiro ano de um curso profissional de cozinha, garante que "cozinhar foi sempre o que mais gostei de fazer".

Coloca-se uma questão

É mais importante nesta fase sentir-se integrado ou afirmar a sua identidade? "As duas tendências coexistem. Há um desejo de se integrar num grupo e um desejo de afirmação pessoal", descreve a pediatra.

Aqui está um dos maiores desafios da adolescência: conciliar desejos e, na maior parte das vezes, tudo ainda sob controlo dos pais.

Pertencer a um grupo de amigos deve-se à necessidade de "definir uma ligação a valores, estilos e gostos", especifica Ângelo de Sousa. É também uma forma de os adolescentes abandonarem a imagem que têm dos pais na infância, passando agora a ser vistos "com um olhar menos idealizado".

Irão precisar de quebrar as ligações com os pais, nem que seja temporariamente. E distanciarem-se dos gostos deles é uma forma de se afirmarem, seja pela maneira como se vestem, a música que ouvem ou as ideias que têm. "É a conquista de uma nova forma de ser e estar, por vezes inquietante, mas que os fascina e entusiasma tremendamente", diz o psicólogo. "Ser capaz de estruturar um pensamento abstracto, criar hipóteses, argumentar e defendê-las é outro símbolo da adolescência."

O papel dos pais é relevante. Ainda que possa ser difícil saber como agir, não é necessário que sejam anos de angústia. "Os adolescentes não vão necessariamente negar as suas origens. Curiosamente, até é aos pais que recorrem se tiverem realmente problemas."

Entre vibrantes discussões de ideias e de visões do mundo, compreender o significado dos gostos dos adolescentes poderá ser uma ajuda. Sobretudo para que, quando chegar ao fim, tenha sido um desafio bem resolvido.


Fonte: http://aeiou.expresso.pt/do-que-gostam-os-teenagers=f569719