quinta-feira, 18 de março de 2010

Influência da Publcidade sobre as crianças - Uma perspectiva parental

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, encomendou uma pesquisa junto ao Datafolha para medir a percepção dos pais com filhos entre 3 e 11 anos completos sobre alguns aspectos das propagandas direcionadas às crianças.

A pesquisa foi apresentada à imprensa no dia 16 de março, no encontro para jornalistas que ocorreu no 3º Fórum Internacional Criança e Consumo. O itu.com.br cobriu o evento.

Além da apresentação da pesquisa à imprensa, os jornalistas participaram de um debate sobre consumo infantil, com a presença de Benjamin Barber , Susan Linn e Helio Mattar .

O Fórum, que acontece entre os dias 16 e 18 do mês de março no Itaú Cultural, trata de 3 temas-chaves: Honrar a Infância, Refletir o Consumo e Brincar.

Pesquisa Datafolha

O levantamento foi realizado na cidade de São Paulo entre 22 e 23 de janeiro de 2010. Foram ouvidos 411 pais e mães de todas as classes econômicas, com destaque para a classe C, que correspondeu a 52% dos entrevistados. A margem de erro é de 5 pontos percentuais.

Algumas conclusões da pesquisa:

Pedido dos filhos:

- Sete em cada dez pais entrevistados afirmaram serem influenciados pelos filhos na hora da compra. Maior incidência entre os homens.

- Para os pais, omaior influenciador dos pedidos dos filhos, entre sete itens estimulados,são aspropagandas (38%). Em seguidaestão os personagens ou filmes e programas de TV (18% e 16%, respectivamente).

Restrições ao marketing e à publicidade:

- 73% dos pais concordam que deveria haver restrição ao marketing e propaganda voltada às crianças.

- O consumismo infantil, a disponibilidade de dinheiro, as questões relativas àalimentação, sexo e violência são os principais argumentos dos entrevistados que disseram que deveria haver restrição às propagandas.

Alimentação:

- Preocupação dos pais: Evitar a exposição à violência (80%) e ter uma alimentação saudável (75%), foram apontadas como as principais.

- Pedidos dos filhos:Os pais apontaram, espontaneamente, alguns pedidos que os filhos costumam fazer – as guloseimas foram as mais mencionadas: chocolate/bala/chiclete/doce/bolacha – 43%; bolacha salgada/salgadinho – 34%; sorvete – 32%.

- Os pedidos mais frequentes são observados nas duas faixas etárias estudadas (de 3 a 7 e de 8 a 11 anos completos), mas os percentuais são mais altos entre os mais novos.

- Frequência de consumo: bolachas (82%), refrigerantes (70%) e salgadinhos (64%) são alimentos consumidos algumas vezes por semana, pelas crianças de 3 a 11 anos.

- Influência de estratégias de marketing:Estimulados a responder se concordavam ou não com a frase “A oferta de prêmios e brindes influenciam a escolha do produto/ alimento pelo(s) meu(s) filho(s)”, 75% dos pais concordaram.

Fonte: Itu.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2010

Estudo: as idades e as redes sociais

Estudo realizado pela Royal Pingdom (Study: Ages of social network users) mostra o uso das redes sociais pelos diferentes escalões etários.


Social network age distribution


What is the age distribution in the social media sphere?

We took the age distribution data we had collected and calculated what the age distribution looked like across all 19 sites counted together. The resulting chart is right here below.

A full 25% of the users on these sites are aged 35 to 44, which in other words is the age group that dominates the social media sphere. Only 3% are aged 65 or older.

That was the age distribution when looking at these 19 sites together. When looking at individual social network sites, the differences are significant, as you will see below.


Age distribution per site

Here below you can examine the age distribution for each of the 19 social network sites we included in this study. The list has been sorted by the average user age per site (see further down for that), with the “youngest” site showing at the top and the “oldest” at the bottom.


Some observations on age distribution:

  • Bebo appeals to a much younger audience than the other sites with 44% of its users being aged 17 or less. For MySpace, this number is also large; 33%.
  • Classmates.com has the largest share of users being aged 65 or more, 8%, and 78% are 35 or older.
  • 64% of Twitter’s users are aged 35 or older.
  • 61% of Facebooks’s users are aged 35 or older.

Dominant age groups

Most of the social networks we included are dominated by the age group 35-44, which was apparent in the first chart in this article. This group has become the most “social” age group out there. This is the generation of people who were in their 20s as the Web took off in the mid ‘90s.

If we look at which age groups are the largest for each site, we get the following distribution:

  • 0 – 17: Tops 4 out of 19 sites (21%)
  • 18 – 24: Tops no site
  • 25 – 34: Tops 1 out of 19 sites (5%)
  • 35 – 44: Tops 11 out of 19 sites (58%)
  • 45 – 54: Tops 3 out of 19 sites (16%)
  • 55 – 64: Tops no site
  • 65 or older: Tops no site

It’s a bit surprising that not one single site had the age group 18 – 24 as its largest, but that can be explained by this interval being a bit smaller than the other ones (it spans seven years, not 10 as most of the others). That the two oldest age groups don’t top any of the sites probably doesn’t surprise anyone, though.


Average user age per site

As we promised in the introduction, we have calculated an estimate of the average age for each of the social network sites included in this study. The result is here below.



A few observations:

  • The average social network user is 37 years old.
  • LinkedIn, with its business focus, has a predictably high average user age; 44.
  • The average Twitter user is 39 years old.
  • The average Facebook user is 38 years old.
  • The average MySpace user is 31 years old.
  • Bebo has by far the youngest users, as witnessed earlier, with an average age of 28.

On the social web, age is a factor

Although we can’t say how this will change over time, at the moment the older generations are for one reason or another (tech savvy, interest, etc.) not using social networking sites to a large extent. This probably reflects general internet usage, but we suspect the difference is enhanced when it comes to the social media sphere where site usage tends to be more frequent and time-consuming than usual.

It is also noteworthy that social media isn’t dominated by the youngest, often most tech-savvy generations, but rather by what has to be referred to as middle-aged people (although at the younger end of that spectrum).


Do que gostam os teenagers?

Seis adolescentes, dos 13 aos 16 anos, revelam os seus prazeres e, com eles, as suas personalidades

Sentir-se diferente mas integrado é um desafio da adolescência. Uma fase em que se tentam conciliar emoções num corpo que, de repente, é também novo.

Os gostos dos adolescentes assumem-se nesta fase, segundo Ângelo de Sousa, psicólogo, como "uma marca identitária da singularidade de cada um". Contudo, partilham a necessidade de estar com os amigos e de quebrar a influência dos pais, provando já ter autonomia.

Sendo difícil definir um intervalo etário exacto, pode dizer-se que se é adolescente entre os 10 e os 19 anos. "É um período de transição, cada vez mais alargado e diverso, entre a infância e a idade adulta", explica Isabel Reis, pediatra. Diferentes percursos impedem-nos de considerar a adolescência um processo igual para todos os seres humanos. "Se a vida é um processo contínuo, devemos dizer que há adolescências e não uma adolescência", explica a pediatra.

Mesmo sem generalizar os gostos dos adolescentes, existe muito em comum entre eles. Vivem uma transição em que tentam perceber o que são, quem podem e querem ser. "É com os amigos, o seu microcosmos, que vão conseguir responder a isso, não com a família", afirma Isabel Reis. Colocam dúvidas como: "Serei capaz de ser desejável e atrair alguém?" E têm desejos: "Quero sentir-me diferente, mas quero ser normal."

Fãs de tecnologia

Para além de estar com os amigos, outros gostos são comuns e estão ligados às mais modernas tecnologias, entre as quais os adolescentes já nasceram. Passam por ouvir música, jogar e ir ao cinema, dando uso aos computadores, televisões, iPods, mp3 ou telemóveis.

"Praticamente desde que nasci, tive sempre o comando da consola na mão", justifica o mais novo dos seis adolescentes. Aos 13 anos, Emanuel diz que, "se pensar a sério no assunto", jogar computador ou videojogos é o que mais gosta de fazer. Mas a relação que tem com as tecnologias, pode dizer-se, não é totalmente passiva. Também desenvolve jogos de computador e trabalha no site que construiu na Internet. "Ter um site hoje em dia não é nada de relevante. É só um espacinho que eu tenho para reflectir e partilhar os meus pensamentos", explica.

Para além do computador, aparece o telemóvel entre os objectos de que mais gostam. Cátia tem 15 anos e o telemóvel está sempre com ela. "Não me imagino um dia sem ele, permite-me estar sempre em contacto com toda a gente." E se aquilo que mais gosta de fazer é namorar, a verdade é que ambos os gostos estão ligados: "Também se namora por telemóvel."

Mas é impossível generalizar o uso do telemóvel entre os adolescentes. "Só utilizo o telemóvel e o e-mail quando necessário, não é de uma forma tão obsessiva como outros adolescentes", explica a Mariana. Aos 16 anos, uma das coisas que mais gosta de fazer é desenhar e tem uma paixão por ténis. Explica que a cultura pop a influenciou. "Via os ténis personalizados dos artistas e fascinavam-se. Sempre quis ter uns ténis únicos, originais, só meus e que eu própria desenhasse." Sobre gostar de desenhar, confessa que foi influência do irmão. "Quando era mais nova, lembro-me de conseguir passar tardes inteiras a desenhar."

Gostos hereditários?

A influência da família pode reflectir-se nos interesses os adolescentes. "Por vezes, há um prolongamento dos gostos dos pais para os filhos. Se os pais valorizam a escolaridade e a leitura, os filhos também o vão fazer", acrescenta Isabel Reis.

Com a música e a moda costuma ser diferente, mas há excepções. Ouvir música dos anos 60 aos 90 é uma das preferências do Bernardo. Beatles, David Bowie, Elvis Presley, Bon Jovi ou Van Halen são os preferidos, assim como terão sido dos seus pais. Tem 14 anos e o corpo ainda em desenvolvimento para o desporto que pratica há meses: râguebi. É algo que os pais apoiam pela união e princípio de equipa que lhe estão associados.

Também os pais do Nuno o incentivaram desde pequeno a fazer um desporto e tocar um instrumento. Aos 15 anos fazer natação e tocar guitarra estão entre as coisas que mais gosta. A estudar na área de Ciências, já no 10º ano, divide o seu tempo entre as actividades fora da escola e as exigências do horário das aulas.

Há outros gostos diferentes, como cozinhar. Está no topo das preferências da Geisa, de 16 anos. No primeiro ano de um curso profissional de cozinha, garante que "cozinhar foi sempre o que mais gostei de fazer".

Coloca-se uma questão

É mais importante nesta fase sentir-se integrado ou afirmar a sua identidade? "As duas tendências coexistem. Há um desejo de se integrar num grupo e um desejo de afirmação pessoal", descreve a pediatra.

Aqui está um dos maiores desafios da adolescência: conciliar desejos e, na maior parte das vezes, tudo ainda sob controlo dos pais.

Pertencer a um grupo de amigos deve-se à necessidade de "definir uma ligação a valores, estilos e gostos", especifica Ângelo de Sousa. É também uma forma de os adolescentes abandonarem a imagem que têm dos pais na infância, passando agora a ser vistos "com um olhar menos idealizado".

Irão precisar de quebrar as ligações com os pais, nem que seja temporariamente. E distanciarem-se dos gostos deles é uma forma de se afirmarem, seja pela maneira como se vestem, a música que ouvem ou as ideias que têm. "É a conquista de uma nova forma de ser e estar, por vezes inquietante, mas que os fascina e entusiasma tremendamente", diz o psicólogo. "Ser capaz de estruturar um pensamento abstracto, criar hipóteses, argumentar e defendê-las é outro símbolo da adolescência."

O papel dos pais é relevante. Ainda que possa ser difícil saber como agir, não é necessário que sejam anos de angústia. "Os adolescentes não vão necessariamente negar as suas origens. Curiosamente, até é aos pais que recorrem se tiverem realmente problemas."

Entre vibrantes discussões de ideias e de visões do mundo, compreender o significado dos gostos dos adolescentes poderá ser uma ajuda. Sobretudo para que, quando chegar ao fim, tenha sido um desafio bem resolvido.


Fonte: http://aeiou.expresso.pt/do-que-gostam-os-teenagers=f569719

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

the Impact on Children of Food Product Placements in the Movies

New research from the Hood Center for Children and Families at Dartmouth Medical School (DMS) for the first time sheds light on the significant potential negative impact that food product placements in the movies could be having on children.

The study, which appears in the current edition of the journal Pediatrics, shows that most of the "brand placements" for food, beverage, and food retail establishments that are frequently portrayed in movies, are for energy-dense, nutrient-poor foods or product lines. In addition, the study shows for the first time that product placements in movies may be a far more potent source of advertising to children in terms of food choices than previously understood.

"The current situation in the United States is very serious in terms of the health of our children, and we have to look seriously at all of the factors that may be contributing to it, including the impact of product placements in movies," says Lisa Sutherland, Ph.D. the lead author of the study. Sutherland says that the diet quality of U.S. children and adolescents has declined markedly during the past 20 years, and current estimates suggest that only one percent of children eat a diet consistent with the U.S. Department of Agriculture's (USDA) My-Pyramid food guidance. Additionally, fewer than one fifth of adolescents meet the dietary recommendations for fat or fruit and vegetable intakes, and during the last 20 years obesity rates have doubled for children aged 6 to 11 years and tripled for adolescents aged 12 to 19 years.

"While the issue of food advertising and its effect on children has been well documented in numerous studies, comparatively little is known about product placement in movies and how it affects the food and beverage preferences and choices of children and adolescents," Sutherland said. The study notes that while there are similarities between television advertising and movie product placement, such as the low nutritional quality of the majority of branded products, there are also interesting differences. Recent studies that examined television ads during adolescent programming found fast food and ready-to-eat cereals and cereal bars to be the most prevalent during children's programming. In contrast, the Dartmouth study found that sugar-sweetened beverages, comprised largely of soda, accounted for the largest proportion of all of the movie-based food product brand placements, accounting for one of every four brand placements overall.

The study notes that of particular concern are the food and beverage product placements in comedies and PG-rated and PG-13-rated movies, which are often geared specifically to older children and teenagers, who are at an age where they are gaining independence with respect to their food choices. Although the impact of this type of advertising on children is not fully known, it provides a likely avenue by which brand loyalty and product preference can be built in addition to eating patterns.

The study also revealed that six companies accounted for 45 percent of all brand placements and included PepsiCo, Coca-Cola, Nestle USA, McDonald's, Dr. Pepper/Snapple Group and Burger King.

The study acknowledges that many companies have made pledges not to direct advertising at children in order to encourage healthier dietary choices, and that while this is a step in the right direction, more clearly needs to be done. In addition, the study's authors say that a number of studies to date that focused on other health-related behaviors, including alcohol and tobacco use, showed that movies contain frequent portrayals of these risk behaviors and often include brand appearances of the products. They say it is well established that children who view these risk behaviors in movies are more likely to engage in the behavior themselves.

"This is an area of study which clearly requires more research," says Sutherland who was part of a team of advisers that, in 2006, helped to develop the Guiding Stars program used by supermarkets to help shoppers better identify the nutritional values of food products. "At a time in their development where children and adolescents are very susceptible to outside influences, we have to carefully examine the influence of all the factors that are combining to create what may end up being lifelong habits around food and lifestyle choices. Certainly, food-product placement in movies is one of many factors, but it is one that may be far more influential than previously realized and perhaps the least well understood."

Fonte: Sciencedaily

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A Weduc, uma rede social para a educação desenvolvida em Portugal

A Weduc, uma rede social para a educação desenvolvida em Portugal, é o novo projecto lançado por Pedro Barros, até Janeiro director de planeamento estratégico da Proximity.

Trata-se de uma plataforma de comunicação online que permite aos pais acompanhar o quotidiano escolar dos seus filhos, com mensagens, fotografias, filmes, ficheiros digitais ou links. “É uma espécie de Facebook para a educação”, explica ao M&P Pedro Barros contactado. “Como pai senti a necessidade de acompanhar o desenvolvimento destas novas tecnologias e a proliferação das redes sociais enquanto forma de relacionamento”, afirma o responsável pelo projecto que potencia a comunicação entre todas as entidades envolvidas no processo educacional, colocando em interacção pais, professores, educadores e outros agentes educativos de actividades extra-curriculares. “O pai pode acompanhar a vida escolar do filho, ver fotografias da visita de estudo, falar com outros pais para receber sugestões para um explicador de matemática”, enumera.

Pedro Barros adianta que esta plataforma terá também uma vertente comercial, explorando a comunicação publicitária dirigida de uma forma muito específica aos targets no universo da educação, como empresas de actividades extra-curriculares ou editoras de livros escolares e infantis. “É uma oportunidade para os anunciantes chegarem aos pais e outros targets do universo educacional de uma forma muito mais personalizada em ambiente mais emocional porque para os pais não há nada mais importante do que a educação”, explica. Pedro Barros quer, por agora, desenvolver o projecto e ganhar notoriedade para “dentro de dois ou três meses começar a captação de clientes” mas adianta que já tem “contactos interessados em grandes empresas do sector automóvel e da área editorial”. O responsável planeia internacionalizar o projecto até ao final do ano para o Brasil, Espanha e posteriormente para o mercado anglo-saxónico.

Fonte: Social Network Marketing

Veja o site WEDUC - Educar é saber

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Número de jovens viciados em internet quase dobra na China

Com 384 milhões de internautas, sendo 24 milhões de viciados, a China é o país que tem a maior quantidade de pessoas no mundo que acede a Web.

O número de jovens chineses viciados na internet quase duplicou desde 2005 e atinge agora os 24 milhões, num país que tem a maior quantidade de internautas no mundo, 384 milhões, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

Os viciados da internet pertencem em particular ao grupo da faixa etária 18 a 23 anos e seriam 15,6% dos utilizadores dessa categoria.

O estudo da Associação Juvenil para o Desenvolvimento da Rede não destaca o número de horas dedicadas à navegação que define os jovens afectados pelo problema, e sim os sintomas: um uso desmedido da rede que prejudica a vida social, escolar ou profissional, sinais de irritação ou depressão quando não é possível acessar a internet e uma preferência pelo virtual sobre o mundo real.

O problema também afecta as crianças: 8,8% dos internautas de 6 a 12 anos não conseguem mais abrir mão da rede.

Fonte: noticias.r7.com

GENERATION M2: MEDIA IN THE LIVES OF 8- TO 18-YEAR-OLDS

DAILY MEDIA USE AMONG CHILDREN AND TEENS UP DRAMATICALLY FROM FIVE YEARS AGO

Big Increase in Mobile Media Helps Drive Increased Consumption

Most Youth Say They Have No Rules About How Much Time They Can Spend With TV, Video Games, or Computers

With technology allowing nearly 24-hour media access as children and teens go about their daily lives, the amount of time young people spend with entertainment media has risen dramatically, especially among minority youth, according to a study released today by the Kaiser Family Foundation. Today, 8-18 year-olds devote an average of 7 hours and 38 minutes (7:38) to using entertainment media across a typical day (more than 53 hours a week). And because they spend so much of that time ‘media multitasking’ (using more than one medium at a time), they actually manage to pack a total of 10 hours and 45 minutes (10:45) worth of media content into those 7½ hours.

The amount of time spent with media increased by an hour and seventeen minutes a day over the past five years, from 6:21 in 2004 to 7:38 today. And because of media multitasking, the total amount of media content consumed during that period has increased from 8:33 in 2004 to 10:45 today.

Generation M2: Media in the Lives of 8- to 18-Year-Olds is the third in a series of large-scale, nationally representative surveys by the Foundation about young people’s media use. It includes data from all three waves of the study (1999, 2004, and 2009), and is among the largest and most comprehensive publicly available sources of information about media use among American youth.

Mobile media driving increased consumption. The increase in media use is driven in large part by ready access to mobile devices like cell phones and iPods. Over the past five years, there has been a huge increase in ownership among 8- to 18-year-olds: from 39% to 66% for cell phones, and from 18% to 76% for iPods and other MP3 players. During this period, cell phones and iPods have become true multi-media devices: in fact, young people now spend more time listening to music, playing games, and watching TV on their cell phones (a total of :49 daily) than they spend TALKING on them (:33).

Parents and media rules. Only about three in ten young people say they have rules about how much time they can spend watching TV (28%) or playing video games (30%), and 36% say the same about using the computer. But when parents DO set limits, children spend less time with media: those with ANY media rules consume nearly 3 hours less media per day (2:52) than those with no rules.

Media in the home. About two-thirds (64%) of young people say the TV is usually on during meals, and just under half (45%) say the TV is left on “most of the time” in their home, even if no one is watching. Seven in ten (71%) have a TV in their bedroom, and half (50%) have a console video game player in their room. Again, children in these TV-centric homes spend far more time watching: 1:30 more a day in homes where the TV is left on most of the time, and an hour more among those with a TV in their room.

“The amount of time young people spend with media has grown to where it’s even more than a full-time work week,” said Drew Altman, Ph.D., President and CEO of the Kaiser Family Foundation. “When children are spending this much time doing anything, we need to understand how it’s affecting them – for good and bad.”

Heavy media users report getting lower grades. While the study cannot establish a cause and effect relationship between media use and grades, there are differences between heavy and light media users in this regard. About half (47%) of heavy media users say they usually get fair or poor grades (mostly Cs or lower), compared to about a quarter (23%) of light users. These differences may or may not be influenced by their media use patterns. (Heavy users are the 21% of young people who consume more than 16 hours of media a day, and light users are the 17% of young people who consume less than 3 hours of media a day.)

Black and Hispanic children spend far more time with media than White children do. There are substantial differences in children’s media use between members of various ethnic and racial groups. Black and Hispanic children consume nearly 4½ hours more media daily (13:00 of total media exposure for Hispanics, 12:59 for Blacks, and 8:36 for Whites). Some of the largest differences are in TV viewing: Black children spend nearly 6 hours and Hispanics just under 5½ hours, compared to roughly 3½ hours a day for White youth. The only medium where there is no significant difference between these three groups is print. Differences by race/ethnicity remain even after controlling for other factors such as age, parents’ education, and single vs. two-parent homes. The racial disparity in media use has grown substantially over the past five years: for example, the gap between White and Black youth was just over two hours (2:12) in 2004, and has grown to more than four hours today (4:23).

Big changes in TV. For the first time over the course of the study, the amount of time spent watching regularly-scheduled TV declined, by 25 minutes a day (from 2004 to 2009). But the many new ways to watch TV–on the Internet, cell phones, and iPods–actually led to an INCREASE in total TV consumption from 3:51 to 4:29 per day, including :24 of online viewing, :16 on iPods and other MP3 players, and :15 on cell phones. All told, 59% (2:39) of young people’s TV-viewing consists of live TV on a TV set, and 41% (1:50) is time-shifted, DVDs, online, or mobile.

“The bottom line is that all these advances in media technologies are making it even easier for young people to spend more and more time with media,” said Victoria Rideout, Foundation Vice President and director of the study. “It’s more important than ever that researchers, policymakers and parents stay on top of the impact it’s having on their lives.”

Popular new activities like social networking also contribute to increased media use. Top online activities include social networking (:22 a day), playing games (:17), and visiting video sites such as YouTube (:15). Three-quarters (74%) of all 7th-12th graders say they have a profile on a social networking site.

Types of media kids consume. Time spent with every medium other than movies and print increased over the past five years: :47 a day increase for music/audio, :38 for TV content, :27 for computers, and :24 for video games. TV remains the dominant type of media content consumed, at 4:29 a day, followed by music/audio at 2:31, computers at 1:29, video games at 1:13, print at:38, and movies at :25 a day.

High levels of media multitasking. High levels of media multitasking also contribute to the large amount of media young people consume each day. About 4 in 10 7th-12th graders say they use another medium “most” of the time they’re listening to music (43%), using a computer (40%), or watching TV (39%).

Additional findings:

  • READING. Over the past 5 years, time spent reading books remained steady at about: 25 a day, but time with magazines and newspapers dropped (from :14 to :09 for magazines, and from :06 to :03 for newspapers). The proportion of young people who read a newspaper in a typical day dropped from 42% in 1999 to 23% in 2009. On the other hand, young people now spend an average of: 02 a day reading magazines or newspapers online.
  • MEDIA AND HOMEWORK. About half of young people say they use media either “most” (31%) or “some” (25%) of the time they’re doing their homework.
  • RULES ABOUT MEDIA CONTENT. Fewer than half of all 8- to 18-year-olds say they have rules about what TV shows they can watch (46%), video games they can play (30%), or music they’re allowed to listen to (26%). Half (52%) say they have rules about what they can do on the computer.
  • GENDER GAP. Girls spend more time than boys using social networking sites (:25 vs. :19), listening to music (2:33 vs. 2:06), and reading (:43 vs. :33). Boys spend more time than girls playing console video games (:56 vs.: 14), computer games (:25 vs. :08), and going to video websites like YouTube (:17 vs. :12).
  • TWEENS AND MEDIA. Media use increases substantially when children hit the 11-14 year-old age group, an increase of 1:22 with TV content, 1:14 with music, 1:00 using the computer, and :24 playing video games, for total media exposure of 11:53 per day (vs. 7:51 for 8-10 year-olds).
  • TEXTING. 7th-12th graders report spending an average of 1:35 a day sending or receiving texts. (Time spent texting is NOT counted as media use in this study.)


Fonte: Kaiser Family Foundation

Aumento do consumo dos media pelas crianças e Jovens

Uma investigação divulgada recentemente nos EUA pela Kaiser Family Foundation revela que os avanços tecnológicos dos últimos 5 anos criaram condições para as crianças e os jovens utilizem e consumam, cada vez mais, media/tecnologias.

O consumo médio diário de “media”, entre as crianças e os jovens entre os 8 e os 18 anos de idade, é de 7 horas e 38 minutos, o que representa 53 horas semanais, um aumento de 1 hora e 17 min/dia relativamente a 2004. As tecnologias mais utilizadas e responsáveis por este crescimento são os Smartphones, os iPods, e os videogames portáteis.

A percentagem de crianças e adolescentes com telemóvel passou de 39% em 2004 para 66% em 2009. Os jovens utilizam 49 minutos por dia usando o telemóvel para ouvir música, jogar ou ver TV, dos quais 33 minutos são utilizados para falar com amigos e outras pessoas.

A posse de iPods e outros players de MP3 subiu de 18% para 76% entre as crianças.

A Televisão continua a ser o media dominante - o consumo televisivo é de 4 horas e 29 minutos por dia, mais 38 minutos do que em 2004.

Uma maioria dos entrevistados (59%) assistem à programação diária da televisão da forma tradicional, havendo 41% que também assistem aos programas através de DVRs, assistem aos programas televisivos na internet, vêem DVDs e vídeos em equipamento móveis.

As crianças e os jovens utilizam vários media em simultâneo e desenvolvem várias actividades ao mesmo tempo, o que eleva para a 10 horas e 45 minutos o consumo de media.

Em termos de popularidade, as crianças e o jovens ouvem música (2 horas e 31 minutos diários), utilizam o computador (1 hora e 29 minutos) e os videogames (1 hora e 13 minutos). O consumo da imprensa apenas apresenta 38 minutos/dia.

Relativamente ao período de tempo que passam online, os jovens passam em média 22 minutos/dia em sites de rede social, havendo 74% dos pré-adolescentes que referiram já ter criado seus perfis em sites de rede social. Para além disso, as crianças e os jovens passam em média 17 minutos/dia a jogar e 15 minutos/dia em viditas a sites de vídeos.

O controlo parental sobre o uso/consumo das novas tecnologias apresenta os seguintes resultados: 28% dos entrevistados disseram que seus pais fixaram regras sobre o tempo de consumo de Televisivo, 30% sobre o tempo de utilização de videogames e 36% sobre o uso do computador. Nas famílias onde há regras, o consumo de media é cerca de 3 horas/dia menor.

FONTE: The Kaiser Family Foundation

Do Parents and Best Friends Influence the Normative Increase in Adolescents' Alcohol Use at Home and Outside the Home?

According to a new study in the Journal of Studies on Alcohol and Drugs, parents who try to teach responsible drinking to their children by letting them drink at home may be setting their teens up for all kinds of alcohol related problems later in life.

The study included 428 families with two children between the ages of 13 and 15. Parents and teens completed questionnaires on drinking habits at the outset and again one and two years later.

The researchers found that, in general, the more teens drank at home, the more they tended to drink elsewhere; the reverse was also true, with out-of-home drinking leading to more drinking at home. In addition, teens who drank more often, whether in or out of the home, tended to score higher on a measure of problem drinking two years later.

The findings, according to lead author Dr. Haske van der Vorst, suggest that teen drinking begets more drinking -- and, in some cases, alcohol problems -- regardless of where and with whom they drink. Drinking problems included trouble with school work, missed school days and getting into fights with other people, among other issues.

The findings call into question the advice of some experts who recommend that parents drink with their teenage children to teach them how to drink responsibly -- with the aim of limiting their drinking outside of the home. The advice is common in the Netherlands, where the study was conducted, but it is based more on experts' reasoning than on scientific evidence, according to van der Vorst.

"The idea is generally based on common sense," says van der Vorst, of Radboud University Nijmegen in the Netherlands. "For example, the thinking is that if parents show good behavior -- here, modest drinking -- then the child will copy it. Another assumption is that parents can control their child's drinking by drinking with the child."

But the current findings suggest that is not the case. Based on this and earlier studies, van der Vorst says, "I would advise parents to prohibit their child from drinking, in any setting or on any occasion."

"If parents want to reduce the risk that their child will become a heavy drinker or problem drinker in adolescence," she says, "they should try to postpone the age at which their child starts drinking."

Fonte: http://www.scientificblogging.com/news_articles/should_parents_drink_their_teenagers

Citation: van der Vorst, H., Engels, R. C. M. E., Burk, W. J. 'Do parents and best friends influence the normative increase in adolescents' alcohol use at home and outside the home?', Journal of Studies on Alcohol and Drugs, 71 (1), 105-114

Marketing Infantil

... "Qual potencial de compra de uma criança? Não se assuste, pois o tamanho desse mercado é imenso e fica cada vez maior.

As crianças de hoje têm criação, influências e desenvolvimento muito diferentes de décadas atrás. Em função disso, têm necessidades específicas, diferentes da criança que o adulto de hoje foi. É de fundamental importância a compreensão da criança atual para o sucesso da empresa de produtos infantis. É aí que entra em cena o Marketing Infantil.

Marketing Infantil é um termo usado para se referir ao marketing de produtos e serviços voltados ao público infantil. Apesar de quase sempre a criança depender dos pais para financiar suas compras, dependendo de sua faixa etária, ela pode assumir diferentes papéis de compra: apenas consumidora, influenciadora da compra ou até ser considerada decisora, mesmo que o recurso venha dos pais. A criança pode ser abordada também como público futuro de determinados produtos ou serviços.

Vários países têm buscado regular a atividade de Marketing Infantil para evitar abusos. Em alguns, qualquer comunicação publicitária voltada diretamente à criança é proibida. No entanto, há várias formas possíveis de relacionamento com a criança e seus pais que fazem parte das ferramentas promocionais utilizadas pela área, como os personagens Backyardigans, Shrek, Bem Tem, Homem-aranha, e muitos outros que acabam se tornando produtos. Além disso, o marketing também se ocupa de fornecer subsídios para o adequado desenvolvimento dos produtos ou serviços, sua precificação e distribuição.

As crianças são consideradas maioritariamente como influenciadoras e prescritoras, e muito pouco como um consumidor autónomo. Todavia, é com a entrada na instituição escolar que elas experimentam o papel de consumidor em várias categorias de produtos. Sempre à procura de novidades, à procura da sua identidade e de pontos de referência, as crianças constituem uma população muito volátil. Na verdade, elas encontram-se confrontadas com inúmeras influências que podem explicar estas mudanças: o ambiente escolar, o professor, o circulo de amigos (pares), os pais, a televisão e as novas mídias (internet), a evolução da moda, etc...

O mercado de produtos infantis movimenta uma cifra de muitos bilhões de reais, só no Brasil. E o nosso país está entre os três principais mercados mundiais para vários segmentos de produtos direcionados às crianças: higiene e beleza, balas, chocolates, brinquedos, entre outros.

Só para se ter uma idéia do tamanho desse mercado, a cidade de Laranjal Paulista, uma pacata cidade do interior a 160 km da capital Paulista, de economia agrícola, se tornou hoje um dos maiores pólos fabricantes de brinquedos do país, graça a ação empreendedora dos empresários local que apostaram no segmento e hoje colhem os frutos. São milhares de empregos diretos e indiretos criados, além de gerar outras empresas para dar suporte ao negócio.

O público infantil não é homogêneo. A identificação de grupos menores com necessidades mais homogêneas (segmentos) é fundamental para a correta adequação dos produtos e da comunicação. Há vários critérios que podem ser usados na segmentação. Um dos mais importantes é a idade, pois ela define não só necessidades e desejos, mas também habilidades e capacidades da criança.

Para a prática do Marketing Infantil, deve-se levar em conta uma série de normas, regulamentações e leis que tratam do setor. Existe em tramitação no Congresso Nacional, um projeto de lei que regulamenta o assunto".

Fonte: http://franciscoaraymundo.blogspot.com/2010/01/marketing-infantil-de-olho-nas-criancas.html

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

How Marketers Target Kids

Kids represent an important demographic to marketers because they have their own purchasing power, they influence their parents' buying decisions and they're the adult consumers of the future.

Industry spending on advertising to children has exploded in the past decade, increasing from a mere $100 million in 1990 to more than $2 billion in 2000.

Parents today are willing to buy more for their kids because trends such as smaller family size, dual incomes and postponing children until later in life mean that families have more disposable income. As well, guilt can play a role in spending decisions as time-stressed parents substitute material goods for time spent with their kids.

Here are some of the strategies marketers employ to target children and teens:

Pester Power


Today's kids have more autonomy and decision-making power within the family than in previous generations, so it follows that kids are vocal about what they want their parents to buy. "Pester power" refers to children's ability to nag their parents into purchasing items they may not otherwise buy. Marketing to children is all about creating pester power, because advertisers know what a powerful force it can be.

According to the 2001 marketing industry book Kidfluence, pestering or nagging can be divided into two categories—"persistence" and "importance." Persistence nagging (a plea, that is repeated over and over again) is not as effective as the more sophisticated "importance nagging." This latter method appeals to parents' desire to provide the best for their children, and plays on any guilt they may have about not having enough time for their kids.

The marriage of psychology and marketing

To effectively market to children, advertisers need to know what makes kids tick. With the help of well-paid researchers and psychologists, advertisers now have access to in-depth knowledge about children's developmental, emotional and social needs at different ages. Using research that analyzes children's behaviour, fantasy lives, art work, even their dreams, companies are able to craft sophisticated marketing strategies to reach young people.

The issue of using child psychologists to help marketers target kids gained widespread public attention in 1999, when a group of U.S. mental health professionals issued a public letter to the American Psychological Association (APA) urging them to declare the practice unethical. The APA is currently studying the issue.

Building brand name loyalty

Canadian author Naomi Klein tracks the birth of "brand" marketing in her 2000 book No Logo. According to Klein, the mid-1980s saw the birth of a new kind of corporation—Nike, Calvin Klein, Tommy Hilfiger, to name a few—which changed their primary corporate focus from producing products to creating an image for their brand name. By moving their manufacturing operations to countries with cheap labour, they freed up money to create their powerful marketing messages. It has been a tremendously profitable formula, and has led to the creation of some of the most wealthy and powerful multi-national corporations the world has seen.

Marketers plant the seeds of brand recognition in very young children, in the hopes that the seeds will grow into lifetime relationships. According to the Center for a New American Dream, babies as young as six months of age can form mental images of corporate logos and mascots. Brand loyalties can be established as early as age two, and by the time children head off to school most can recognize hundreds of brand logos.
"Brand marketing must begin with children. Even if a child does not buy the product and will not for many years... the marketing must begin in childhood." (James McNeal, 1999)


While fast food, toy and clothing companies have been cultivating brand recognition in children for years, adult-oriented businesses such as banks and automakers are now getting in on the act.

Magazines such as Time, Sports Illustrated and People have all launched kid and teen editions—which boast ads for adult related products such as minivans, hotels and airlines.

Buzz or street marketing

The challenge for marketers is to cut through the intense advertising clutter in young people's lives. Many companies are using "buzz marketing"—a new twist on the tried-and-true "word of mouth" method. The idea is to find the coolest kids in a community and have them use or wear your product in order to create a buzz around it. Buzz, or "street marketing," as it's also called, can help a company to successfully connect with the savvy and elusive teen market by using trendsetters to give their products "cool" status.

Buzz marketing is particularly well-suited to the Internet, where young "Net promoters" use newsgroups, chat rooms and blogs to spread the word about music, clothes and other products among unsuspecting users.

Commercialization in education

School used to be a place where children were protected from the advertising and consumer messages that permeated their world—but not any more. Budget shortfalls are forcing school boards to allow corporations access to students in exchange for badly needed cash, computers and educational materials.

Corporations realize the power of the school environment for promoting their name and products. A school setting delivers a captive youth audience and implies the endorsement of teachers and the educational system. Marketers are eagerly exploiting this medium in a number of ways, including:

  • Sponsored educational materials: for example, a Kraft "healthy eating" kit to teach about Canada's Food Guide (using Kraft products); or forestry company Canfor's primary lesson plans that make its business focus seem like environmental management rather than logging.
  • Supplying schools with technology in exchange for high company visibility.
  • Exclusive deals with fast food or soft drink companies to offer their products in a school or district.
  • Advertising posted in classrooms, school buses, on computers, etc. in exchange for funds.
  • Contests and incentive programs: for example, the Pizza Hut reading incentives program in which children receive certificates for free pizza if they achieve a monthly reading goal; or Campbell's Labels for Education project, in which Campbell provides educational resources for schools in exchange for soup labels collected by students.
  • Sponsoring school events: The Canadian company ShowBiz brings moveable video dance parties into schools to showcase various sponsors' products.

The Internet

The Internet is an extremely desirable medium for marketers wanting to target children:

  • It's part of youth culture. This generation of young people is growing up with the Internet as a daily and routine part of their lives.
  • Parents generally do not understand the extent to which kids are being marketed to online.
  • Kids are often online alone, without parental supervision.
  • Unlike broadcasting media, which have codes regarding advertising to kids, the Internet is unregulated.
  • Sophisticated technologies make it easy to collect information from young people for marketing research, and to target individual children with personalized advertising.
  • By creating engaging, interactive environments based on products and brand names, companies can build brand loyalties from an early age.

Marketing adult entertainment to kids

Children are often aware of and want to see entertainment meant for older audiences because it is actively marketed to them. In a report released in 2000, the U.S. Federal Trade Commission (FTC) revealed how the movie, music and video games industries routinely market violent entertainment to young children.

I know what you did last summerThe FTC studied 44 films rated "Restricted," and discovered that 80 per cent were targeted to children under 17. Marketing plans included TV commercials run during hours when young viewers were most likely to be watching. One studio's plan for a violent R-rated film stated, "Our goal was to find the elusive teen target audience, and make sure that everyone between the ages of 12 and 18 was exposed to the film."

Music containing "explicit-content" labels were targeted at young people through extensive advertising in the most popular teen venues on television, and radio, in print, and online.

Of the video game companies investigated for the report, 70 per cent regularly marketed Mature rated games (for 17 years and older) to children. Marketing plans included placing advertising in media that would reach a substantial percentage of children under 17.

The FTC report also highlighted the fact that toys based on characters from mature entertainment are often marketed to young children. Mature and Teen rated video games are advertised in youth magazines; and toys based on Restricted movies and M-rated video games are marketed to children as young as four.

Fonte: Media Awareness Network

Prevalence of high body mass index among children and teens remains steady

The prevalence of high weight for length or high body mass index (BMI) among children and teens in the U.S. (i.e., at or above the 95th percentile), ranges from approximately 10 percent for infants and toddlers, to approximately 18 percent for adolescents and teenagers, although these rates appear to have remained relatively stable over the past 10 years, except for an increase for 6- to 19-year-old boys who are at the very heaviest weight levels, according to a study appearing in the January 20 issue of JAMA. The study is being published early online because of its public health importance.

"High BMI among children and adolescents continues to be a public health concern in the United States. Children with high BMI often become obese adults, and obese adults are at risk for many chronic conditions such as diabetes, cardiovascular disease, and certain cancers," the authors write. "Since 1980, the prevalence of BMI for age at or above the 95th percentile (sometimes termed 'obese') has tripled among school-age children and adolescents, and it remains high at approximately 17 percent. However, the prevalence of BMI for age at or above the 95th percentile among children and adolescents showed no significant changes between 1999 and 2006 for both boys and girls or among non-Hispanic white, non-Hispanic black, and Mexican American individuals."

Cynthia L. Ogden, Ph.D., of the Centers for Disease Control and Prevention, Hyattsville, Md., and colleagues used 2007-2008 data from the National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES; a nationally representative sample of the U.S. population) to determine the most recent estimates of prevalence of high BMI among children and adolescents ages 2 through 19 years and high weight for recumbent length among infants and toddlers. The researchers also examined trends in overweight prevalence between 1999 and 2008. The analysis included height and weight statistics for 3,281 children and adolescents (ages 2 through 19 years) and 719 infants and toddlers (birth to 2 years of age).

Categories of weight included the prevalence of high weight for recumbent length (at or above the 95th percentile of the Centers for Disease Control and Prevention growth charts) among infants and toddlers. Prevalence of high BMI among children and adolescents was defined at 3 levels: BMI for age at or above the 97th percentile, at or above the 95th percentile, and at or above the 85th percentile of the BMI-for-age growth charts.

The researchers found that 9.5 percent of infants and toddlers younger than 2 years were at or above the 95th percentile of the weight-for-recumbent-length growth charts. For children and adolescents ages 2 through 19 years, 11.9 percent were at or above the 97th percentile, 16.9 percent were at or above the 95th percentile, and 31.7 percent were at or above the 85th percentile of BMI for age. "Based on the adult definition of obesity (BMI 30 or greater), in 2007-2008, 12.6 percent of adolescents aged 12 through 19 years were obese," the authors write.

Categorized by different age groups, 10.4 percent of 2- through 5-year-old children, 19.6 percent of 6- through 11-year-old children, and 18.1 percent of 12- through 19-year-old adolescents were at or above the 95th percentile of BMI for age.

Additional analyses indicated no significant trend in high weight for length or high BMI between 1999-2000 and 2007-2008 except at the highest BMI cut point (BMI for age at or above 97th percentile) among all 6- through 19-year-old boys and among non-Hispanic white boys of the same age.

"There are currently many efforts underway aimed at preventing childhood obesity. Funded research on interventions related to school food and physical activity environments, taxes, food marketing, and physical environment (for example, park characteristics in urban environments) have shown some promise. Moreover, the Task Force on Community Preventive Services' systematic review of behavioral interventions related to obesity found that interventions aimed at reducing screen time had sufficient evidence of effectiveness for reducing measured screen time and improving weight-related outcomes. But the results presented here indicate that the prevalence of high BMI in childhood has remained steady for 10 years and has not declined. Moreover, the heaviest boys may be getting even heavier. More research is needed to identify the behavioral, biological, and environmental factors sustaining these levels of high BMI in U.S. children," the authors conclude.

Fonte: EurekAlert

O impacto das gerações X e Y na hotelaria

Muito tem se falado sobre os diferentes comportamentos e expectativas das gerações ao assumirem o papel de consumidores em sua fase adulta.

As principais gerações que já foram motivo de estudo foram:

1. Lost Generation - Geração de 1914 na Europa. Participaram da 1ª Guerra Mundial.

2. Interbellum Generation - Nascidos no final do século XIX e adultos nos anos 20.

3. Greatest Generation - Nascidos entre 1910 e meados de 1920, durante a Grande Depressão. Participaram da 2ª Guerra Mundial.

4. Silent Generation (Matures) - Geração que sofreu grande impacto em função do cenário mundial. Foram reconhecidas como as crianças da Grande Depressão e seus pais participaram da guerra.

5. Baby Boomers - Nascidos entre 1946 e 1960, durante a 2ª Guerra. Tornaram-se adolescentes vivenciando a "contracultura" dos anos 60 e formaram-se adultos levantando a bandeira da igualdade dos sexos e raças.

6. X Generation (Gen X) - Nascidos entre 1961 e 1981.
. Primeira geração com total acesso à televisão durante sua formação;
. No Brasil, vivenciaram a queda da ditadura, a abertura do mercado e o término da censura;
. Mulheres entraram definitivamente no mercado de trabalho, competindo de igual para igual com os homens. Além disso, os altos índices de divórcio contribuíram para interiorizar nessa geração a sensação de que, a qualquer momento, poderiam perder as principais instituições de suas vidas, como casamento e trabalho. Como resultado, a auto-suficiência - e até um pouco de individualismo - tornou-se um valor importante. Não é raro ver "Xs" pensando em vários planos para sua vida. Afinal, se algo der errado, eles terão uma saída;
. Não acreditam tanto em instituições, preservam amigos (muitas vezes, mais importantes que suas famílias) e se esforçam ao máximo para serem bons pais (em alguns casos, mimam demais);
. Pragmáticos e práticos, mas inseguros por desconfiarem constantemente da segurança no futuro.

7. Y Generation (Millenials ou Net Generation) - Nascidos entre 1982 e 2001.
. Comunicam-se instantaneamente (através da evolução da tecnologia). Passam, pelo menos, 3,5 horas por dia online;
. Precisam expressar-se;
. Mais tolerantes culturalmente (cada vez menos preconceituosos);
. Mais liberais. A diversidade é celebrada!;
. Saem mais tarde da casa dos pais (tempo de estudo é maior) e, consequentemente, passam mais tarde para a fase adulta;
. Acostumados com muita acessibilidade a tudo (através da internet) e de graça. Por isso, mais conservadores para gastar seu dinheiro;
. Querem um trabalho que se adapte a sua vida e não o contrário; (Conflitos com os chefes "X" têm preocupado algumas grandes corporações);
. Têm um senso de imediatismo muito aguçado (também trazido pela internet), o que, por muitos colegas mais velhos, é confundido com impaciência;
. Com a criança cada vez mais valorizada na família (já que os pais se separaram e tentam compensar os filhos de todas as formas), eles crescem mais otimistas, focados nos seus objetivos e centrados em suas famílias. Muitos participam ativamente das decisões de compras da família.

8. Z Generation (Digital Natives ou iGen) - Nascidos a partir de 2000.

Ainda sem muito estudo, claro. Entretanto, arrisco dizer que nossas crianças trarão uma consciência ambiental e social como nunca vista antes. Além, claro, de vivenciarem uma incrível interação global.

Vale ressaltar que, dependendo do autor, os períodos de cada geração podem variar e, algumas vezes, até sobrepor-se.
Bem, mas como um hotel deve comunicar-se com essas gerações? Uma nova nomenclatura surgiu no ambiente de negócios para descrever as estratégias de "approach" (aproximação), captação e fidelização desse tipo de segmentação: o "Generational Marketing" (Marketing de Gerações).

Bonnie Knutson, Professora da Michigan State University School of Hospitality Business, faz uma análise muito interessante sobre o "Generational Marketing" voltado para hotelaria.
Hoje temos quatro gerações de consumidores no Mercado - Mature, Boomers, Gen X e Gen Y.

Marketing para "Matures" e "Boomers"
O número de "Boomers" e "Matures" na internet continua aumentando.

Como um hotel encontra e se conecta com esses segmentos demográficos?

Esses mercados querem experiências em que possam aproveitar a vida ao máximo. Lembre-se que o avanço da medicina fez com que a expectativa de vida aumente. De acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro nos anos 80 era de 67,2 anos. Em 2020, será 76,1 e, em 2050, a média aumentará para 81,3.

Mas é importante lembrar que os "Matures" e "Boomers" de hoje não são os mesmos de ontem. Eles se sentem jovens e cheios de vitalidade. Em função disso, a aproximação deve ser mais informal.

E isso é possível. Os "baby boomers" ainda movimentam grande parte do turismo de lazer mundial. Quando falamos de viagens de férias, uma comunicação mais descontraída é permitida, e até recomendada.

Um exemplo de propaganda bem feita é aquela de cosméticos feita com pessoas "reais", de todas as idades, raças e segmentos sociais.

Não esqueça também da família. Essas gerações têm uma ligação forte com seus pais, filhos e netos. Nessa linha, a Disney é outro exemplo de marketing multi-geracional muito bem feito. Sua comunicação atinge da criança ao avô. Reveja algumas (boas) propagandas de resorts. Elas seguem essa estratégia.

(foto: uppitywoman08.wordpress.com)

Marketing para os "Xs" e os "Ys"
De acordo com o perfil do início do texto, já está claro que essas gerações não acreditam em instituições e "grandes nomes", incluindo marcas hoteleiras. A confiança é resumida a eles mesmos e ao seu potencial. Entender essa desconfiança e saber trabalhar com ela é fundamental para a correta comunicação com eles.
Seus principais valores:

1) Confiança - Eles podem perceber uma mentira ou aquela sensação de "estar sendo passado para trás" a milhas de distância, pois cresceram com isso.

2) Testemonial ("Word of mounth") - Importante fazê-los embaixadores da sua marca. Eles confiarão muito mais nos testemunhos dos seus amigos (virtuais ou reais) do que nos seus esforços de marketing. "Não me diga o que você tem para me oferecer, me mostre quem (do meu círculo de relacionamentos) pode me dar uma opinião sobre seu produto / serviço". Daí vem todo o sucesso dos 3rd parties / OTAs (agências online) e de relacionamento.

3) Consciência global e ambiental - Isso significa que aquele hotel que interagir mais com a comunidade e trabalhar com mais consistência, de maneira sustentável, conseguirá a atenção dessas gerações.

A exigência atingiu o terceiro degrau:
Antes era: "Me diga o que você tem para me oferecer"
Até pouco tempo: "Me mostre o que você tem para oferecer"
Agora: "Me faça acreditar no que você tem para acreditar"

Em função disso, é vital o monitoramento da sua marca na internet e a presença online para atrair essas gerações. Lembre-se que para cada coisa ruim que acontece com o cliente, você deverá fazer seis outras para tentar fazê-lo esquecer.

(guardianhost.com)

O espanhol Antoine Grillon, Gerente de Mídias Sociais de um site hoteleiro de luxo, comentou "online" como ainda existem conceitos errados sobre (sua) geração Y. "Eu tenho inúmeros exemplos de oportunidades perdidas pela indústria hoteleira. Somente para citar uma: internet grátis nos apartamentos..."

E ele completa com uma dica valiosa. "Viajantes do mundo todo estão tirando fotos dos seus banheiros, escrevendo comentários sobre seus recepcionistas e café da manhã. Se você não conseguir enxergar isso, sua concorrência vai deixá-lo para trás - talvez ela até já tenha deixado, mas você ainda não se deu conta disso porque não sabe a imagem da sua marca. E não me pergunte onde está o ROI (retorno sobre investimento), pois isso é muito complicado de explicar em detalhes, mas o impacto disso no seu negócio como: satisfação do hóspede, retorno de clientes, fidelização de colaboradores, entre outros."

Muito bem colocado! Só um lembrete: Mídias sociais não são ferramentas de Marketing, mas um suporte para toda a estratégia do hotel, inclusive recursos humanos. Mas além dessa comunicação diferenciada, é importante preparar seu hotel. Afinal, os "Xs" e os "Ys" já dominam o poder de compra das viagens de negócios (pois os "matures" e "boomers" estão se aposentando e viajando mais a lazer).

E suas exigências são diferentes dos "boomers", pois se tornaram adultos em meio a uma economia crescente, viajam mais e saem mais para comer fora do que seus pais faziam na mesma idade. Com acesso a tanta coisa, tornaram-se menos tolerantes em relação a serviços. Em geral, valorizam mais o dinheiro que ganham com muito trabalho.

Se o seu hotel é voltado para o público de negócios, prepare-se para hóspedes que esperam que os hotéis sejam seus "refúgios" durante a viagem e desejam ser "mimados".

Ofereça:
. Acesso gratuito de wireless;
. Excelente iluminação para leitura;
. DVD Player;
. Business centers e fitness centers que funcionem 24 horas;
. Café da manhã saudável;
. Espaço confortável para trabalhar e descansar (geralmente eles trabalham mais e melhor nas viagens do que em seus escritórios);
. Duchas com muita pressão na água;
. Máquina de café, minibar e (se possível) microondas no apartamento;
. Área social com um bar ou lobby de estilo;
. Amenities luxuosos nos banheiros;
. Lençóis e travesseiros de primeira linha;
. Rádios despertadores;
. Concierge que agregue valor ao seu dinheiro (e tempo) investido.

E não se esqueça das mulheres. Já somos 45% da população economicamente ativa. Isso resulta em filhos mais tarde e em menor quantidade. E, com menos dependentes, sobrarão mais recursos para que as famílias aumentem o nível de consumo e de investimento. "Essa situação favorece negócios dos mais diferentes setores", diz o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE.

Se focarmos mais na geração Y, é possível citar ainda algumas especificidades no comportamento de consumo. Eles são os menos leais a marcas de hotéis, os mais emocionais e os menos satisfeitos.

A empresa Market Metrix LLC realiza um relatório trimestral com 35.000 entrevistas, chamado The Market Metrix Hospitality Index, no qual analisa a satisfação dos clientes de hotéis, companhias aéreas e locadoras de carros.

Abaixo, seguem alguns comentários de hóspedes abaixo de 30 anos nas redes sociais sobre suas hospedagens ao redor do mundo:

. "Eu me senti elegante. O hotel era lindo e eu me senti passando a noite na casa de alguém muito rico. Tinham muitos amenities e o staff era muito rápido para atender."
. "Eu me senti extravagante, pois a suíte era imensa e muito bem decorada."
. "A cama era sensacional!!!!!!!!!!!!!!! Eu não queria me levantar pela manhã."
. "Eles foram ótimos e sempre tinha alguém para me cumprimentar quando eu entrava pela porta. É relaxante sentir-se bem-vindo!"
. "Não me senti bem-vindo. Eu sou jovem, mas pago minhas contas e mereço ser tratado com cortesia e respeito. Eu não recomendo esse hotel. Além disso, a homepage deles faz parecer que o hotel é na beira da praia."

De acordo com a consultoria Y Partnership, não devemos subestimar a geração Y. Eles ainda são somente 9% do mercado consumidor, mas tem a dimensão dos "boomers", no seu ápice. Os "Xs" também são importantes. Eles até ganham menos que os "boomers" (na mesma idade), mas viajam mais e gastam mais durante as férias. Só lembre-se de oferecer mais aventura, experiências não tradicionais, marcas de personalidade (por isso a importância do design) e muita tecnologia.

Redes hoteleiras tradicionais estão se preparando para a geração Y. Prova disso são as novas marcas urbanas, jovens, "descoladas" e luxuosas que as grandes empresas estão lançando.

Em suma, não menospreze a força de consumo das gerações passadas, crie uma comunicação consistente com a geração atual e prepare-se para a mudança de comportamento da futura geração.

Bons negócios, independentemente da sua geração!

Fonte: Gabriela Otto em hoteliernews


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estamos a educá-los para um mundo que não existe?

A questão é colocada pela Activia que apresenta a seguinte peça:

São crianças ou adolescentes, colam-se à televisão, querem todos ser ‘famosos’ e vivem numa realidade feita de imagens. Mas como é crescer quando se cresce dentro do ecrã?

A tendência está a ser notada por pais e professores: as crianças e adolescentes estão a viver cada vez mais através da televisão. Os heróis deles são os da telenovela, aderem sem pensar a tudo o que lá aparece, compram aquilo que lhes querem vender, e a maioria delas tem muito poucas experiências de vida para além daquelas que ‘vivem' em segunda mão.

Segundo um estudo do Fórum da Criança, apresentado no 2º Seminário de Marketing Infantil, que estudou crianças portuguesas dos 4 aos 12 anos, ver televisão ocupa a maior parte do tempo livre para 95% delas! De acordo com estatísticas americanas, 70% dos infantários têm televisão. Num ano, uma criança passa 900 horas na escola e quase 1023 horas em frente de um ecrã. "E não é apenas o ecrã da televisão," nota Sara Pereira, socióloga da Universidade do Minho, responsável por vários estudos sobre as crianças e a televisão. "O mundo delas é feito de muitos ecrãs: o da televisão, o do computador, o da playstation..."

O perigo do excesso de novelas

À partida, a televisão nem seria grande culpada: "Ela é, em si mesma, um excelente meio de educação," defende a psicóloga Teresa Heitor Ferreira. E se todos nós chegamos a casa e gostamos de ver a telenovela, sem pensar em tristezas, quem é que tem coragem de negar esse enorme prazer às crianças? A televisão é, nas nossas vidas, o equivalente às guloseimas: um bombom de vez em quando adoça-nos. Mas se nos alimentarmos exclusivamente deles, ficamos obesas. Estarão as nossas crianças a correr o risco de ficarem ‘obesas' de alma? E que consequências é que isso terá na sua vida?

"O problema é que a grelha de programação obedece mais a interesses económicos do que educativos", nota Teresa Ferreira. E esta ‘dieta' perversa é a alimentação espiritual exclusiva de muitas crianças. "O que me parece mais preocupante é que vivem pregadas a um único género de programa: a telenovela", explica Sara Pereira. "Se essas novelas fossem discutidas, até podiam ser elementos interessantes. O problema é que elas são consumidas, tanto por pais como por filhos, absolutamente sem reflexão. E, como eles só vêem aquilo, em termos culturais, sociais e pessoais, isto limita muito uma geração! Se elas tivessem oportunidade ou motivação para verem outras coisas, a televisão podia até servir para abrir horizontes, mas isso não está a acontecer."

Além do mais, as crianças estão a ser ‘cobaias' de um novo género, a novela infantil. "Até aqui tínhamos a telenovela para adultos que as crianças também viam. Hoje em dia, há telenovelas feita especialmente para os mais novos", explica Sara. "Os ‘Morangos' são mais reais, a ‘Floribella' mais fantasiosa, mas se os jovens tivessem oportunidade de conhecer outras realidades, o facto de verem telenovelas para mim não seria nada preocupante. O que me preocupa é que o mundo deles actualmente só passa por ali."

Quando a imaginação ‘morre'

"A televisão é indissociável da actual organização da sociedade: consumo rápido e excessivo, ritmo de vida frenético, culto da aparência, pouca preocupação com as relações, mundo imaginativo mais pobre, sonhos de mão dada com o verbo Ter. A família é menos participativa nas actividades das crianças e estas crescem sozinhas - e mal acompanhas pela televisão", resume Teresa Ferreira. "Muitas crianças têm a televisão como única companhia", reforça Sara. "Isto é uma questão social muito grave que todos acham normal mas que devia estar a preocupar-nos: estamos a ficar terrivelmente ‘apertados' em termos de horizontes."

A questão é precisamente essa: que horizontes dá um ecrã às crianças? Ao que parece, muito limitados... "Preocupa-me a existência de crianças isoladas, deprimidas, pouco imaginativas, que não sabem conversar, muito longe do desenvolvimento de todas as suas potencialidades, pouco expressivas, pouco empáticas com os outros: corremos o risco de estar a criar crianças anestesiadas," nota Teresa Ferreira.

A perda da noção de esforço

Curiosamente, é nos adolescentes que esta influência mais se nota. E nas duas especialistas, a conclusão é a mesma: as noções de tempo, espera e esforço desapareceram dos ecrãs e correm o risco de desaparecer da vida deles. "A noção de tempo na televisão e na vida real é totalmente diferente: quer o tempo da tarefa em si, quer o tempo em termos mais latos, o tempo de espera", explica Teresa. "Quer nos ‘Morangos' quer na ‘Floribella', está sempre a acontecer muita coisa e o próprio ritmo das tarefas mais simples, por exemplo, pôr a mesa, é acelerado. Isto pode levar à ideia de que não temos que nos sujeitar a esforços, nem a tempos de espera para atingir os nossos objectivos. E a dificuldade em gerir os ritmos de tempo e esforço pode ter consequências nos estudos e até na vida adulta."

"Mesmo nos ‘Morangos', vemos um colégio, mas quando é que os vemos a estudar? Nunca!", desabafa Sara. "Ficamos com a sensação de que a verdadeira vida é cá fora, que eles estão apenas ali a passar o tempo e que aquilo não tem relação nenhuma com o futuro deles! E, depois, na impossibilidade de confrontar isso com outras realidades, os mais novos pensam que é assim que se leva a vida, na boa..."

O papel da família está ameaçado

Problemas e conflitos da vida, quando os há, são apresentados nas telenovelas sem qualquer elaboração: "Isto pode resultar numa confusão de valores entre aquilo que a televisão transmite e o que lhes é passado pela família", nota Sara. "Por exemplo, em muitos desses produtos um adulto nunca é um facilitador, um orientador, é sempre um entrave à vida deles. E nós sabemos que não é assim, que na vida ‘real' os jovens gostam e precisam de orientação. Claro que isto ajuda à progressão da história e à criação de conflito, sem o qual não há novela, mas as coisas não podem ser tratadas dessa maneira!" Isto pode levar a uma falta de rumo na vida deles. "Eles hoje entram muito mais cedo no mundo dos adultos, mas, de facto crescem cada vez mais tarde, e a adolescência prolonga-se para dentro de um mundo de estufa, que os impede de se afirmarem mais cedo. Por exemplo, só às portas da faculdade é que começam a perceber que é preciso estudar."

Profissão: famoso

Ah, chegar à faculdade, escolher uma carreira: mas como é que se escolhe uma carreira pela lei do menor esforço? "Quando se trata de escolher uma profissão, os adolescentes de hoje são ao mesmo tempo muito ambiciosos e cada vez mais irrealistas. Enquanto para alguns a ambição é um trampolim, para muitos resulta em desapontamento e desânimo e não optimismo e sucesso." Estas são palavras do sociólogo americano John Reynolds, que comparou os planos de carreira e depois as verdadeiras carreiras de adolescentes em 1976 e 2000, e percebeu que a diferença entre os planos e a sua concretização cresceu de forma abismal entre as duas datas.

"A noção de realização, para muitíssimos adolescentes, não passa por uma ‘carreira', mas por qualquer coisa que dê fama", nota Teresa Ferreira. "Ouve-se muito nos reality-shows, quando lhes perguntam porque é que estão ali, eles responderem: ‘para ser famoso'. Querem ser ‘famosos' como se famoso fosse uma profissão em si. Não vêem a fama como uma consequência de qualquer coisa, vêem-na como um objectivo a atingir - e de forma fácil."

A forma como o trabalho é apresentado nas telenovelas para adolescentes não ajuda: "Repare nas profissões que eles têm, quando as têm: trabalhar num bar de praia... É qualquer coisa apresentada como levezinha e divertida. A adolescência é-lhes prolongada com todas as consequências que isso possa ter.""A imagem que é transmitida é sempre de facilidade", confirma Sara. "Por exemplo, seria interessante os pais e professores lerem com as crianças algumas reportagens sobre a vida dos actores que mostram como de facto aquilo pode ser um trabalho duro, que exige esforço. Porque muitas vezes os jovens não distinguem entre o papel representado e a pessoa que o representa. Eles querem ser ‘conhecidos', mas nem se interrogam sobre o que significa a fama, e como é que isso se repercute na vida de uma pessoa. Não sabem quantos ‘famosos' tiveram de deixar os estudos para trás, nem quantos deles se vieram a arrepender da opção que tomaram."

Ou seja: "Aquele mundo que parece tão bom quando comparado com a ‘seca' da escola pode parecer-lhes bem melhor que o deles, mas conversem com eles sobre essas questões!" Faz muita falta essa reflexão com as crianças, talvez porque os próprios pais não a façam, e sejam muitas vezes tão deslumbrados e inocentes como elas...

Acompanhe o seu filho

Reflexão, consciência: estas são palavras-chave para impedir que os mais novos estejam a ser educadas por estranhos. "As séries e telenovelas não terão grande ascendência se a família for organizada e com influência nas suas crianças", explica Teresa Ferreira.

Ou seja, lembre-se sempre que você é mais forte que qualquer telenovela. "Uma relação parental presente e de qualidade vai mediar, direccionar e atenuar os conteúdos menos adequados," explica Teresa. "Mesmo um ‘mau' programa, quando é objecto de conversa entre pais e filhos, pode ser educativo. Pelo contrário, se for visto por uma criança desacompanhada, que não tenha idade para aceder aos seus conteúdos, pode ser perturbador. Também a cultura da imagem e do prazer sem esforço são mensagens que entram mais facilmente se há pouco tempo de convívio com os pais, se, no fundo, estes não conseguem ser modelos que se sobrepõem aos do ecrã."

Teresa aconselha os pais a retirarem a televisão do quarto das crianças e a desligá-la durante as refeições. "Chamem a atenção para determinados programas que achem interessantes e vejam-nos com eles. Tenham DVDs (escolhidos em conjunto) à mão para quando as crianças ficam a ver televisão sozinhas. Atenção que proibir não é uma boa ideia, porque o fruto proibido é sempre o mais apetecido, mas mostrem outras opções, conversem, direccionem."

Por que não levá-las de vez em quando ao seu trabalho? Tire-as de casa, desenvolva as suas capacidades, converse com eles para que aprendam a conhecer os seus pontos fortes e fracos, leve-as a viajar, leve-as a casa dos seus amigos, explique-lhes o que eles fazem. Ou seja: mostre-lhes que há muito mais na vida do que aquilo que vêem nas telenovelas.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Indústria alimentar vai restringir já este ano anúncios prejudiciais para crianças na TV

Segundo noticia do jornal Público, "Não se trata de proibir a publicidade. As empresas prometem apenas afastar da TV, no horário das crianças menores de 12 anos, os produtos que tenham sal, açúcar ou gordura em excesso.



Longe da vista e, quem sabe, longe da boca. As 26 empresas que assinaram em Novembro um compromisso de auto-regulação dizem estar dispostas a controlar a publicidade televisiva de produtos alimentares, nos horários em que a audiência de menores de 12 anos seja superior a 50 por cento. Tudo em nome do combate à obesidade infantil. O plano será executado já este ano e no início de 2011 será conhecido o primeiro relatório com uma avaliação independente sobre o impacto da medida.



Em Inglaterra, uma equipa de investigadores da Universidade de Liverpool fez a experiência para saber mais sobre a relação entre publicidade e obesidade. Recrutaram-se 59 crianças, entre os nove e 11 anos, e as conclusões do estudo, divulgado em 2007, foram notícia: não só há uma relação perigosa entre a publicidade e a obesidade nas crianças como se percebeu ainda que as obesas são as mais afectadas. Após terem visto anúncios, as crianças obesas comeram 134 por cento mais, as com excesso de peso comeram 101 por cento mais e os menores com peso considerado normal também sofreram o efeito dos anúncios, tendo ingerido 84 por cento mais alimentos.



A influência que a publicidade tem nos mais novos já motivou compromissos de auto-regulação da indústria em vários países europeus. Agora é Portugal. O acordo proposto pela Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), no âmbito da sua participação no Conselho Consultivo da Plataforma contra a Obesidade, foi assinado em Novembro e será executado ao longo deste ano. Para já, conta com 26 empresas (13 são nacionais) mas o plano está aberto a outros parceiros, empresas ou grupos de investigação que podem ao mesmo tempo contribuir para a monitorização do projecto.



Pedro Queiroz, director-geral da FIPA, frisa que não se está a falar de proibir os anúncios de produtos alimentares dirigidos para crianças. "Vamos restringir, em determinados horários, a publicidade dos produtos que não se enquadrarem nos critérios nutricionais, definidos pela Organização Mundial de Saúde. Estamos a falar dos produtos com excesso de açúcar, sal e gordura", resume. O plano aplica-se ao sector público e privado, envolvendo canais genéricos e temáticos. "Os anunciantes serão coerentes", promete Pedro Queiroz.



A estratégia das empresas poderá passar por apontar o "alvo" para os pais em vez dos filhos. "Algumas empresas podem optar por direccionar os anúncios mais para os pais, responsabilizando-os nestas decisões. A estratégia comercial será uma decisão individual", explica. Pedro Queiroz acredita no sucesso da medida, até porque, defende, o "castigo" para os incumpridores "é o juízo de todos nós".



Mas, afinal, o que é que as empresas têm a ganhar com isto? "Associar-se a uma medida de responsabilidade social e contribuir para a causa do combate da obesidade. A indústria alimentar é a última a ter interesse em estar conotada com a obesidade", responde Pedro Queiroz. Por outro lado, o director-geral da FIPA sabe que um eventual fracasso desta tentativa de auto-regulação fará com que a indústria fique "vulnerável a legislação". E essa será, sem dúvida, mais dura que uma auto-regulação.



"O ideal seria acabar com toda a publicidade a produtos com um perfil nutricional desadequado", refere João Breda, coordenador da Plataforma contra a Obesidade. Mas, como não vivemos no mundo ideal, a medida da FIPA é, pelo menos, "um bom primeiro passo". Sobre o facto não estar prevista nenhuma penalização para os incumpridores, João Breda acredita que a "penalização social pesa cada vez mais". "Vamos ver o que acontece nos próximos dois anos", arrisca o especialista, admitindo também que um eventual fracasso desta medida abre as portas para a discussão de legislação e possíveis penalizações".


Fonte: Jornal o Público