domingo, 22 de fevereiro de 2009

A Juventude em rede

Uma reportagem intitulada “A Juventude em rede” da autoria da jornalista Anna Paula Buchalla publicada na revista VEJA apresenta um retrato dos adolescentes de hoje e evidencia a sua ligação às novas tecnologias mas também alguma desorientação.

A seguir replica-se a reportagem
(http://veja.abril.com.br/180209/p_084.shtml)

"A juventude em rede"

Como pensam e se comportam os adolescentes de hoje: filhos da revolução tecnológica, eles vivem no mundo digital, são pragmáticos, pouco idealistas e estão mais desorientados do que nunca.



"Alguém tinha deixado uma revista no banco, ao meu lado, e comecei a ler, achando que assim ia parar de pensar no Professor Antolini e num milhão de outras coisas, pelo menos durante algum tempo. Mas a porcaria do artigo que comecei a ler quase que me fez sentir pior ainda. Era sobre os hormônios. Mostrava a aparência que a gente deve ter – a cara, os olhos e tudo – quando os hormônios estão funcionando direito, e eu estava todo ao contrário. Estava parecendo exatamente com o sujeito do artigo, que estava com os hormônios todos funcionando errado. Por isso comecei a ficar preocupado com os meus hormônios. Aí li outro artigo, sobre a maneira pela qual a gente pode saber se tem câncer ou não. Dizia lá que, se a gente tem alguma ferida na boca que demora a sarar, então isso é sinal de que a gente provavelmente está com câncer. E eu já estava com aquele machucado na parte de dentro do lábio há umas duas semanas. (...) Calculei que devia morrer dentro de uns dois meses, já que estava com câncer. Foi mesmo. Eu estava certo de que ia morrer. Evidentemente, essa ideia não me deixou muito satisfeito."

O trecho do parágrafo anterior é de um romance que, durante décadas, foi o livro de cabeceira de milhões de jovens ao redor do mundo: O Apanhador no Campo de Centeio, do americano J.D. Salinger. Lançado em 1951, ele é um registro magistral das perplexidades, anseios, medos e descobertas de um adolescente que foge do colégio interno, vaga sem destino certo e acaba internado numa clínica, por "esgotamento", onde resolve fazer o relato de seu périplo. Quem leu o livro dificilmente esquece o nome do personagem: Holden Caulfield, para quem tudo (ou quase tudo) é uma porcaria. E para quem tudo (ou quase tudo) é motivo de saudade. Paradoxos de quem tem os hormônios "funcionando errado", claro. Os adolescentes continuam a ter um quê de Holden Caulfield dentro de si, mas mudaram muito desde que Salinger publicou seu romance. Mudaram muito porque mudamos todos nós, e bastante. Em parte, houve evolução; em parte, talvez, involução. Ganhou-se em liberdade e pragmatismo; perdeu-se em encantamento e idealismo. Os jovens não poderiam ficar fora da curva dessa trajetória.

VEJA foi a campo tentar descobrir como os adolescentes atuais poderiam ser identificados se tomados como um todo. Sim, é uma generalização, e como toda generalização deve ser olhada com cuidado. Mas quem sabe ela possa subsidiar pais angustiados (e irritados) com moças e rapazes para quem, de uma hora para outra, eles, antes tão adorados, se tornaram "ridículos". Durante dois meses, a revista ouviu dezenas de jovens, pais, psicólogos e educadores sobre os desejos, dúvidas, receios e ambições da adolescência dos anos 2000. Uma enquete com 527 pais e jovens de 13 a 19 anos de todo o país, disponibilizada por uma semana no site VEJA.com, identificou hábitos e comportamentos da geração que daqui a vinte anos estará no comando do país. Eis algumas conclusões: os meninos e meninas que nasceram a partir de 1990 não almejam fazer nenhum tipo de revolução – nem sexual nem política, como sonhavam os jovens dos anos 60 e 70. Mudar o mundo não é com eles. O que querem mesmo é ganhar um bom dinheiro com seu trabalho. São também mais conservadores em relação aos valores familiares (embora os pais, lógico, sejam "ridículos"), de acordo com o maior estudo de hábitos e atitudes da população adolescente brasileira, conduzido pela empresa de consultoria Research International. Fruto da revolução tecnológica e da globalização, eles formam, ainda, a geração do "tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora" (uma das inúmeras expressões com as quais os especialistas tentam defini-los). São capazes de realizar várias atividades ao mesmo tempo (as de estudo, nem sempre a contento), porque celular, iPod, computador e videogame praticamente viraram uma extensão do corpo e dos sentidos. É, enfim, uma juventude que vive em rede, com tudo de bom e de ruim que isso significa. Afirma Felipe Mendes, diretor-geral da Research International: "O que preocupa nesta geração é que eles são concretos em relação a dinheiro e trabalho, mas muito básicos em seus sonhos e impessoais e virtuais nos prazeres que deveriam ser reais".

O fato de estarem sempre conectados os leva a ter interesse por mais assuntos e a ser mais bem informados de maneira geral. O lado ruim é que raramente tentam aprofundar-se em algum tema. Mudam de opinião com rapidez e frequência proporcionais ao liga-desliga do computador. Mais do que ocorria nas gerações de jovens anteriores, suas decisões costumam estar envoltas em interrogações, como se a vida fosse um eterno teste de múltipla escolha. Plugados ao mundo, aos sites de relacionamentos como Orkut e aos serviços de mensagens instantâneas, eles movem-se em rede e estão menos divididos em tribos. E é justamente isso que os faz menos preconceituosos com as diferenças: 44% dos participantes da pesquisa da Research International têm amigos próximos com uma orientação sexual diferente da sua. É um dos melhores aspectos do lado bom.

O frenesi da era digital ajuda a empurrar esses adolescentes a trocar de amores, amizades, cursos e aspirações como quem troca de tênis. "É uma sucessão de reinícios, com finais rápidos e indolores", define o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Mas, como não é possível recusar sempre a vivência da dor, a contrapartida pode ser o aumento da ansiedade em relação a relacionamentos pessoais e opções profissionais. "Você quer tudo e, ao mesmo tempo, não sabe o que quer", diz Marcela Lucato, de 16 anos. A frase resume bem o porquê de eles nunca se mostrarem completamente satisfeitos. São tantas opções de escolha sobre o que fazer e aonde ir e tanta liberdade de decisão que eles se perdem. "O melhor de ser jovem hoje é ter liberdade de escolha. Mas é difícil decidir, não temos prioridades", afirma Giuliana Locoselli, de 16 anos. Está certo que uma das características da geração atual em relação às anteriores é o fato de que moças e rapazes demoram mais para se decidir em relação à carreira a ser seguida. O dado positivo é que, nesse meio-tempo, eles articulam uma rede de contatos tão grandiosa que, no futuro, poderá ajudá-los profissionalmente. Apesar de todas as incertezas, um trabalho que os faça ricos é o sonho de 64% dos adolescentes. Faz sentido: os jovens de hoje estão caros. Caros, não, caríssimos. Eles custam cinco vezes mais do que há trinta anos (veja o quadro). E, para aumentar mais os gastos familiares, são grandes influenciadores das compras dos próprios pais. Em nove de cada dez famílias que adquirem eletroeletrônicos, a decisão de qual aparelho levar é deles. Cerca de 45% dos adolescentes brasileiros correm às lojas assim que um novo gadget é lançado, segundo uma pesquisa da empresa Deloitte.

O excesso de excesso de exposição dos adolescentes em sites de relacionamentos é, sim, motivo de preocupação. A agenda trancada a chave do passado deu lugar a trocas de mensagens apaixonadas ou comentários sobre a vida própria e a alheia para todo mundo ler. Lá estão também fotos da família, dos amigos, do namorado, da "ficante" e por aí vai. "A privacidade não existe mais para eles", diz Claudia Xavier da Costa Souza, coordenadora do centro pedagógico do Colégio Porto Seguro. Expõem-se tanto a ponto de já terem sido chamados de a geração look at me ("olhe para mim"). "Esse fato, para além dos problemas circunstanciais que pode acarretar, dificulta o desenvolvimento da capacidade de autorreflexão e introspecção, o que é essencial para o crescimento", diz a psicóloga Ceres Alves de Araujo.

Com uma rede de conhecidos tão vasta, o número de festas é enorme. Se os pais deixarem, eles saem de domingo a domingo. Nessas saídas, que podem se arrastar até o dia seguinte, pode haver muita bebida e droga, especialmente as sintéticas. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas revela que 35% dos adolescentes brasileiros de 12 a 14 anos consumiram algum tipo de bebida alcoólica no mês anterior ao estudo – é a taxa mais alta da América Latina. Entre os brasileiros de 15 a 16 anos, esse índice sobe para 56%. As meninas são um capítulo à parte nesse cenário. Elas estão se expondo mais precocemente que os meninos aos perigos do álcool e das drogas. Como elas amadurecem antes, inclusive fisicamente, é mais fácil para a maioria entrar nas festas dos mais velhos, onde a bebida corre sem nenhum controle. Basta uma visita a qualquer supermercado numa noite de sábado para testemunhar grupos de adolescentes se preparando para o que chamam de "esquenta" – ou seja, beber na casa de um deles antes de ir para a festa. Muitos entram nas baladas com vodca em garrafas de água mineral. Bem, Holden Caulfield não faria diferente...

E em que reside a maior culpa dos pais de hoje? Em não saber dizer o velho, bom e sonoro "não". É como se, para eles, negativas pertinentes a comportamentos inaceitáveis equivalessem a um castigo físico, afirmam os especialistas em adolescentes. "Há ainda um outro fator: a falta de cobrança. Ela tem como corolário a falta de responsabilidade na vida adulta", diz Silvana Leporace, coordenadora educacional do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Portanto, atenção: se hoje seria uma perversidade colocar seu Holden Caulfield num internato ou algo que o valha, como fizeram os "velhos" do personagem de Salinger, é um tremendo erro cair no extremo oposto – o de deixar como está para ver como é que fica, enquanto se finge ser liberal. Dá para controlar um adolescente em condições razoavelmente normais de temperatura e pressão ou, ao menos, suportá-lo sem maiores traumas? Dá. Eis aí algumas sugestões de educadores e psicólogos para que você não perca completamente a cabeça (uma parte dela é aceitável:

• Quando o jovem bebe
Diante de evidências tão claras quanto as da série Law & Order, os pais nunca devem perguntar: "Você bebeu?". Nesse caso, eles correm o risco de ter dois problemas – a bebida e a mentira. É bom que os pais sejam firmes e informem o jovem de que eles sabem da bebida. Proibir o filho de beber não tem efeito prático nenhum. O melhor a fazer é explicar os riscos do consumo excessivo de álcool. Em geral, conversas francas e amigáveis dão mais resultado que a gritaria.


• Quando ele insiste em não atender o celular
Os pais devem deixar claro que o jovem tem o aparelho por dois motivos: para que tenha autonomia e eles, tranquilidade. Se o adolescente não atende as ligações dos pais, deve perder a liberdade que lhe foi concedida. Um exemplo: se o horário para chegar em casa é às 3 da manhã, da próxima vez ele deverá chegar à 1. Faça-o entender que cabe a ele reconquistar a confiança dos pais.

• Quando ele abusa do telefone
Não há como exigir que um adolescente controle os gastos com telefonia. A alternativa é dar-lhe um celular pré-pago. No caso do telefone fixo, antes de recorrer a cadeados ou bloqueios da linha por senha, desconte da mesada o valor das longas, longuíssimas conversas com amigos e afins.

• Quando o adolescente se expõe demais na internet
Cabe ao pai e à mãe mostrar o que eles pensam a respeito da intimidade devassada na rede. É direito e dever deles dar sua opinião ao filho, mas não é possível exigir que o adolescente aja da forma pretendida pelos pais. Se o excesso de exposição resultar em fofocas que cheguem aos ouvidos paternos, o melhor a fazer é consultar um psicólogo.

• Quando há excesso de discussão entre pais e filhos
"Falar com o filho é fundamental, mas não na condição de amigo. Um diálogo entre pais e filhos, quando trata de assuntos decisivos e espinhosos, como sexo, autonomia e responsabilidade com os estudos, é sempre delicado. Pode fluir numa comunicação tranquila, mas nem por isso será fácil", diz a psicanalista Diana Corso. Se você nunca experimentou uma "comunicação tranquila", e acha que isso será impossível até que ele ou ela caia em si depois da descarga hormonal da adolescência, tenha em mente que toda discussão deve ter limite. É um erro bater boca com um adolescente. Não leva a lugar algum. O ideal é deixá-lo falando sozinho. Quando a situação se acalmar, de ambos os lados, é hora de sentar e tentar conversar outra vez. Se pais e filhos caírem numa rotina de bate-boca, será preciso buscar outros meios de comunicação – de preferência o e-mail, um instrumento ao qual o adolescente está mais do que habituado.

Boa sorte.





























Enquanto isso, nas classes C, D e E...
Os jovens das classes C, D e E têm menos dinheiro, mas se comportam da mesma forma que os mais ricos quando vão às compras: dão preferência a lançamentos e a marcas famosas. Uma pesquisa do Instituto Análise e do site e-bit, que hospeda lojas virtuais, mostra que a novidade de um produto é um dos principais atributos exigidos pelos brasileiros de 18 a 24 anos com renda familiar de até 1 000 reais. O levantamento, realizado com compradores de produtos eletroeletrônicos, descobriu também que os jovens mais pobres estão dispostos a comprometer uma parcela maior de sua renda para adquirir os modelos mais avançados desses aparelhos. Além de inovação e marca, eles passaram a procurar bens de valor mais alto, como notebooks, televisores de LCD e home theaters, que antes eram adquiridos apenas pelos mais ricos.
Esses dados levaram os pesquisadores a concluir que está em curso uma mudança no perfil dos consumidores de baixa renda. Quanto mais jovens são os indivíduos desse estrato, maior é a importância que se dá à qualidade e menor a que se confere a, por exemplo, facilidades de pagamento, como o número máximo de prestações em um parcelamento. "Os jovens estão elevando o seu padrão de consumo e isso vale também para os que têm menor poder aquisitivo", resume o cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise. Os jovens de baixa renda incorporaram hábitos antes próprios dos compradores mais endinheirados. Como esses últimos, eles passaram a procurar ofertas na internet e a comprar em lojas virtuais. Para quem vende na rede, é uma clientela promissora. "Atender esse nicho de mercado se tornou uma obsessão de muitas empresas", diz Almeida.









Fonte: http://veja.abril.com.br/180209/p_084.shtml

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Segurança na Internet

A União Europeia (UE) vai passar a contar com o novo programa «Para uma Internet mais segura» já a partir do próximo dia 1 de Janeiro. Depois de o Parlamento Europeu ter dado o seu apoio ao novo programa, através de um resultado eleitoral positivo, o Conselho de Ministros avançou com a sua adopção. O programa, que abrange o período 2009-2013, foi proposto pela Comissão Europeia com o intuito de proteger as crianças num mundo electrónico cada vez mais sofisticado, «capacitando-as para uma utilização segura dos serviços em linha, como as redes sociais, os blogs e as mensagens instantâneas», segundo se pode ler no comunicado de imprensada UE.

Enquanto 75% das crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos, já têm acesso à Internet e 50% das crianças de 10 anos possuem um telemóvel, um novo inquérito Eurobarómetro revela que 60% dos progenitores europeus estão preocupados, temendo que os seus filhos possam ser vítimas de aliciamento ou de «amizades que conduzem ao abuso sexual das crianças». Por seu lado, 54% dos pais receiam que os seus filhos possam ser intimidados em linha, ou seja, «assediados através de sítios Internet ou por meio de mensagens por telemóvel».

O novo programa «Para uma Internet mais segura» tem como principal objectivo, combater estes comportamentos desviados «ao tornar mais sofisticados e mais seguros os programas de acesso à Internet e as tecnologias de telefonia móvel». No período 2009- 2013, a UE investirá 55 milhões de euros para tornar a Internet mais segura.

Segundo explicou Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social, «hoje em dia as crianças mergulham no mundo da Internet e da telefonia móvel muito cedo, tornando-se frequentemente adolescentes com pleno domínio da tecnologia e da navegação na Internet». Face a esta realidade, «é preciso assegurarmo-nos de que, cada vez que recorrem a serviços da Internet ou de telefonia móvel, as crianças possam reconhecer os riscos potenciais e saber lidar com eles», disse ainda a mesma responsável.

Assim sendo, Viviane Reding diz alegrar-se «por o Parlamento e o Conselho terem dado seguimento tão prontamente à proposta da Comissão, permitindo assim dar resposta às preocupações muito naturais dos pais e tomar medidas para que a Europa seja um lugar seguro para as crianças poderem explorar as novas tecnologias».

O novo programa proposto co-financiará projectos para aumentar a sensibilização do público, capacitando os jovens, os seus pais e professores «a fazer opções responsáveis a nível da Internet, aconselhando-os relativamente às precauções relevantes a tomar». Deverá ainda ajudar a providenciar uma rede de pontos de contacto públicos, que possa ser acedida através de um sítio na Internet ou de um número de telefone, para comunicar conteúdos e condutas ilegais e perniciosas, especialmente no domínio dos abusos sexuais de crianças, do aliciamento e da intimidação via Internet.

O financiamento da UE vai também ajudar a encorajar iniciativas de auto-regulação e envolver as crianças, motivando-as, para criarem um ambiente em linha mais seguro. Está previsto igualmente o estabelecimento de uma base de conhecimentos sobre as novas tendências na utilização das tecnologias em linha e suas consequências para a vida das crianças, congregando, a nível europeu, conhecimentos especializados no domínio técnico, psicológico e sociológico. O orçamento de 55 milhões de euros destinado ao programa «Para uma Internet mais segura» contempla 48% a canalizar para a sensibilização ao público, 34% para a luta contra os conteúdos ilegais e as condutas perniciosas em linha, 10% para a promoção de um ambiente em linha mais seguro e 8% para o estabelecimento de uma base de conhecimentos.

Fonte: http://www.semanainformatica.xl.pt/910/act/100.shtml



Parental advice - Facts Prove Violent TV Impacts Kids

Informações disponibilizadas pelo Common Sense media (http://www.commonsensemedia.org/) referem que os programas de televisão violentos têm impacto nas crianças:

Assim:
(1) 30 years of research and more than 1000 studies confirm that violent television creates fear and anxiety in young children;
(2) Repeated exposure can impact kids' readiness for school
(3) Televised violence increases feelings of hostility and can decrease empathy for human suffering
(4) By the time our kids reach middle school, they've seen more than 8,000 televised murders. By age 18, that number escalates to 40,000 (and over 200,000 total violent acts)
(5) CSI
, 24, and Law & Order: SVU are regularly watched by elementary school kids
(6) The nightly news is among the most violent TV that kids watch
(7) Violent TV promos are completely unregulated

But what do you call violent?


Is an anvil falling on the Road Runner's head violence? How about those goofy reality challenges? And don't kids know the difference between real violence and what they see on the tube? The answer to all those questions is yes -- it's all violence, and it all matters. Because even if kids know that something is make believe, their brains still process the information as if it were real. Oh, and if you were hoping that the TV folks would limit gore, keep on wishing. In the desperate quest for more viewership, the yuck factor keeps increasing. And remember that TV producers provide their own TV ratings for their shows.

Why it matters


It makes sense (and studies prove) that the more violent or aggressive behavior kids see, the more normal it becomes. With all the gore that fills the TV screen, violence can become an acceptable way to settle conflicts. Studies show that repeated exposure can lead to harmful acts and bullying. And they also show that kids become less empathetic to victims of violence. Kids younger than 7 are particularly vulnerable, since they don't easily distinguish fantasy from reality. They're also in the process of separating from their parents; that budding independence can bring normal insecurities and anxieties. When a child sees another child harmed on television, the impact is huge psychologically. So it's not surprising that the younger kids are, the longer lasting the effects of TV violence can be, including nightmares and increased worry that the world is a dangerous place.

Common Sense advice



Know what kids can handle at each age.

* Kids ages 2-4 often see cartoon violence. But keep them away from anything that shows physical aggression as a means of conflict resolution, because they'll imitate what they see.

* For 5- to 7-year-olds, cartoon rough-and-tumble, slapstick, and fantasy violence are okay, but violence that would reasonably result in death or serious injury is too scary.

* 8- to 10-year-olds can handle action-hero sword fighting or gunplay as long as there's no gore. Violence should have consequences.

* For 11- to 12-year-olds, historical action is OK, including battles, fantasy clashes, and duels. But close-ups of gore or graphic violence (alone or combined with sexual situations) aren't recommended.

* Kids ages 13-17 can and will see shoot-'em-ups, blow-'em-ups, high-tech violence, accidents with disfigurement or death, anger, and gang fighting. Point out that the violence portrayed on screen hurts and causes suffering. And limit exposure time -- the studies don't lie. Ultra-violent behavior, often combined with sexual images, isn't good for developing teen brains.

Check out shows before your kids do. Don't assume that everything broadcast during daylight or early evening hours is OK. Read reviews, check out content, and pre-screen shows.

Get the TV out of the bedroom. It will cut down on the hours watched, and you'll have a better handle on what your kids are watching.

Talk to your young kids about the cartoon violence they see. Tell them it isn't realistic and that it's no way to solve problems.

Manage TV time with digital video recorders (DVRs). If you have one, fill it with nonviolent, age-appropriate shows that kids can watch on demand.

Watch with them. Talk to your kids about what they're seeing. With younger kids, ask them whether there's a better way to solve problems. With older kids, see whether you can start a discussion about violence in their schools or communities to see where their heads are. Then put in your two cents.

Be a role model. Don't watch violent shows when your kids are around. Sure, we all grew up with violent television. And, yes, we came out OK. But we didn't live in our kids' culture where the violence is so much gorier and the time they spend with violent media dwarfs anything we grew up with. Violence is everywhere now -- on TV shows, in movies, in video games, and on the Internet.